Possibilidades de cooperação nas áreas de turismo, de energias renováveis, dos transportes marítimos e das pescas foram objetivos da visita.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considerou este domingo, na ilha cabo-verdiana de São Vicente, que as relações com Cabo Verde entraram num novo patamar, como um "comboio que ninguém irá parar mais".
Trata-se de uma reaproximação que "não tinha antes sido feita", destacou Embaló, referindo-se à visita oficial de quatro dias a Cabo Verde, que terminou este domingo e que sucedeu à visita do homólogo Jorge Carlos Fonseca a Bissau, em janeiro, a primeira de um Presidente cabo-verdiano ao país.
"A História uniu-nos desde a luta dos primórdios de libertação. Fizemos uma luta brilhante, resgatámos a soberania dos dois povos", recordou o Presidente da Guiné-Bissau.
As visitas de ambos os chefes de Estado, destacou, "cumpriram os seus propósitos" e a partir de agora os dois países podem beneficiar no âmbito económico e na integração dos povos, destacando Sissoco que o respeito mútuo deve reger o tratamento entre os cidadãos dos dois países africanos de língua portuguesa.
"Graças aos nossos esforços conjunto, os dois povos sentem-se mais próximos. Impulsionados por si e por mim, os governos da Guiné-Bissau e de Cabo Verde vão certamente promover e concretizar programas concretos de cooperação bilateral de interesse comum. Os nossos dois governos também vão certamente unir os seus esforços na diplomacia tendo em vista a convergência dos nossos interesses em todas as organizações internacionais em que Guiné e Cabo Verde têm assento", afirmou Umaro Sissoco durante a conferência de imprensa de balanço da visita, na ilha de São Vicente.
Também os operadores económicos guineenses e cabo-verdianos, acrescentou, têm agora "um caminho mais aberto para estabelecer parcerias empresariais mutuamente vantajosas".
O Presidente de Cabo Verde atribuiu este domingo ao Presidente da Guiné-Bissau a Ordem Amílcar Cabral, a mais alta distinção cabo-verdiana, reconhecendo o contributo de Umaro Sissoco Embalo na reaproximação dos dois países.
A atribuição daquela medalha, no seu primeiro grau, foi feita através de um decreto presidencial assinado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, no Mindelo, ilha de São Vicente, "em reconhecimento do empenho pessoal, contributo inestimável, da dedicação e a amizade" de Umaro Sissoco Embalo "na reaproximação e relançamento dos laços históricos, culturais e de amizade, de cooperação e de desenvolvimento" entre os dois povos.
Inaugura-se assim "uma nova era no relacionamento especial entre os dois países", lê-se no texto do decreto.
O Presidente da Guiné-Bissau iniciou na quinta-feira uma visita oficial a Cabo Verde, retribuindo a realizada pelo homólogo cabo-verdiano.
"Penso ser o primeiro Presidente da Guiné-Bissau condecorado em Cabo Verde e [Jorge Carlos Fonseca] foi o primeiro Presidente de Cabo Verde a receber uma medalha na Guiné-Bissau. Apesar de nos termos unido na luta de libertação, não nos unimos depois da independência para o desenvolvimento comum. Mas nós os dois e o Governo de Cabo Verde arrancámos com um comboio que ninguém irá parar mais", afirmou Umaro Sissoco Embaló, dirigindo-se ao seu homólogo cabo-verdiano.
"O objetivo fundamental desta visita - além das possibilidades de cooperação nas áreas de turismo, de energias renováveis, dos transportes marítimos, das pescas e das nossas comunidades cabo-verdianas na Guiné-Bissau e guineense em Cabo Verde [...] - foi de consolidar um caminho de reaproximação e relançamento entre Cabo Verde e Guiné-Bissau", destacou, no balanço, Jorge Carlos Fonseca.
Para o Presidente de Cabo Verde, o percurso dos dois países foi feito de história, cultura e de laços sanguíneos, além da luta comum pela independência: "Teve os seus altos e baixos, mas nos últimos tempos creio que ninguém duvida de que os dois povos estão muito próximos. Não erraria em dizer que talvez, se virmos os últimos anos do nosso relacionamento, nunca estivemos tão próximos um do outro, num relacionamento informal, fácil, fraternal e sobretudo numa base clara entre dois Estados soberanos".
A visita serviu, de acordo com Jorge Carlos Fonseca, para assegurar a relação bilateral entre os dois países independentemente dos governos no poder.
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Lusa/fim
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