PSD, Partido Social Democrata, e o MDB, Movimento Democrático Brasileiro, foram os grandes vencedores.
A segunda volta das eleições municipais no Brasil, realizada este domingo, dia 27, confirmou e ampliou a vitória de candidatos de centro e da direita democrática, que já se tinha desenhado na primeira volta, ocorrida dia no passado dia 6. Os brasileiros disseram claramente "não" aos discursos mais radicais, tanto à esquerda quanto à direita, e apostaram na reeleição de autarcas que, independentemente da ideologia, tomaram ao longo do mandato decisões que melhoraram a vida das pessoas que vivem nas cidades que governam.
Os dois maiores partidos de centro, o PSD, Partido Social Democrata, e o MDB, Movimento Democrático Brasileiro, foram, tal como na primeira volta, os grandes vencedores da segunda, na disputa pelas 5568 cidades do Brasil, entre elas 10 das 26 capitais estaduais onde ha eleição municipal, já que Brasília, a capital federal do país, é comandada por um governador. No total das duas voltas, o PSD elegeu autarcas em 887 cidades, enquanto o MDB elegeu gestores em outras 856.
Em seguida ficaram dois partidos da chamada direita democrática, o PP, Partido Progressista, que, não obstante o nome, mistura políticos de centro-direita e direita, e o União Brasil, também da direita democrática, embora contenha também algumas vozes mais radicais, mas sem representatividade. O PP elegeu 747 autarcas, e o União Brasil 584.
O Partido Liberal, PL, de Jair Bolsonaro, onde se alojam as principais vozes da extrema-direita e os nomes mais radicais, obteve um resultado significativo, elegendo ao todo 516 autarcas, muito longe no entanto do projecto milionário e ambicioso do antigo presidente de conquistar pelo menos 1200 cidades no país todo e abrir caminho para a sua eventual volta ao poder em eleições presidenciais caso consiga anular, na justiça ou no parlamento, a inegibilidade a que foi condenado e que só acaba em 2030. A esquerda, representada basicamente pelo PT, Partido dos Trabalhadores, de Lula da Silva, e pelo PSB, Partido Socialista Brasileiro, até conseguiu alguns avanços pontuais, como a eleição de Evandro Leitão, do PT, em Fortaleza, capital do estado do ceará, e a do jovem João Campos, do PSB, em Recife, capital do estado de Pernambuco, mas mostrou as suas novas dimensões, tendo os socialistas conquistado 309 cidades e o partido de Lula ainda menos, 252.
A reeleição de muitos dos atuais autarcas foi também uma das principais marcas destas eleições municipais, registando-se na primeira volta a reeleição de mais de 80% dos gestores, índice que foi ainda maior nesta segunda volta, em que os seis gestores de capitais regionais que se candidataram foram reeleitos. Nas três maiores cidades do Brasil, por exemplo, os cidadãos decidiram não arriscar e mantiveram os autarcas que os governaram nos últimos anos, Ricardo Nunes, do MDB, em São Paulo, Eduardo Paes, do PSD, no Rio de Janeiro, e Fuad Noman, do mesmo partido, em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, nos três casos apoiados por uma grande coligação de partidos, deixando claro que o que os brasileiros querem é união de forças e de esforços na condução das suas vidas e não radicalismos que esticam a corda só para um dos lados e excluem todos os outros.
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