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Rajoy recusa reunir-se com Puigdemond

Primeiro ministro espanhol reage às eleições catalãs com apelo ao diálogo.

22 de dezembro de 2017 às 13:10

"Vou sentar-me com que devo sentar-me que é com quem ganhou as eleições, a senhora Arrimadas". Assim reagiu esta sexta-feira Mariano Rajoy à pergunta sobre se estaria disponível para se reunir com Puigdemont, que pediu um encontro fora de Espanha.

Sobre a hipótese de ser Puigdemont a ser indigitado como novo presidente do Governo Regional - uma vez que as forças independentistas conquistaram a maioria absoluta no parlamento regional - Rajoy foi evasivo.  "Terei de dialogar com a pessoa que assuma o governo na Generalitat", disse Rajoy em conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, em Madrid, nas primeiras declarações após as eleições regionais da Catalunha.

O presidente do Governo Espanhol também desviou o assunto quando perguntado sobre a situação de haver deputados eleitos que estão presos ou sob mandado de detenção - como é o caso de Puigdmont. "É um assunto da Justiça que não vou comentar, como não comentei até aqui".

Na reação aos resultados eleitorais das eleições regionais da Catalunha, Rajoy apelou ao diálogo. E lembrou que a suspensão da autonomia - na sequência da ativação do artigo 155 da constituição espanhola - vai durar até que seja empossado um novo governo regional, "conforme decidiu o Senado".

"Espero que a Catalunha se vire para o diálogo e não para o confronto. Sem um governo que respeite a lei não se conseguirá segurança na Catalunha, que faça voltar as empresas que saíram".

Rajoy não escondeu que queria outra votação.

"O negativo destes resultados é que, aqueles que queríamos a mudança, não conseguimos o suficiente para conseguir a mudança. Mas os partidos independentistas estão a perder apoio", acrescentou o líder do Executivo de Madrid, que citou dados de várias eleições passadas para concluir que os que se opõem à permanência em Espanha tiveram menos votos.

"Assumo os resultados do partido Popular", adiantou ainda Rajoy, embora recuse a hipótese de se demitir ou de convocar eleições gerais antecipadas para Espanha. "As eleições gerais foram no ano passado. Não podemos passar o tempo a pedir às pessoas para votar".

Perguntado sobre a decisão de suspender a autonomia, Rajoy defendeu a atitude tomada pelo governo de Madrid ao invocar o artigo 155 da constituição e diz esperar que haja condições para retomar o diálogo com o novo governo.

"A fratura na Catalunha é muito grande e demorará muito a resolver"

O primeiro-ministro espanhol louvou esta sexta-feira a realização "com normalidade" e revela que saudou a vencedora, Inês Arrimadas, do partido Cidadãos. "A Catalunha não é monolítica, a Catalunha é plural e todos devemos respeitá-la e cuidá-la".

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