Ex-presidente do BCE despediu-se esta sexta-feira do Conselho Europeu, em Bruxelas.
O primeiro-ministro, António Costa, disse esta sexta-feira que o Conselho Europeu sentirá "sempre uma falta imensa de Mario Draghi", após aquela que foi a última cimeira europeia do primeiro-ministro cessante de Itália, que era "enorme mais-valia" nas discussões.
"Sentiremos sempre uma falta imensa de Mario Draghi, não só para essa discussão [sobre apoios orçamentais], como para todas as outras discussões, visto que pudemos contar [...] com a contribuição de alguém que tem uma experiência única, uma capacidade única, uma formação extraordinária e que tem sido, ao longo destes anos, uma enorme mais-valia no Conselho Europeu e que o Conselho Europeu, infelizmente, neste momento vai perder", afirmou o chefe do Governo português.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas, no final de um Conselho Europeu dedicado à resposta da UE à crise energética, António Costa argumentou que Mario Draghi era, neste debate, "particularmente importante".
"Ele lembra-se bem de como é que a Europa respondeu mal à crise das dívidas soberanas e também se recorda de como a União Europeia [UE] respondeu bem à crise da covid-19 e, portanto, a sua experiência e a sua memória eram particularmente úteis nestes debates", adiantou António Costa.
O primeiro-ministro cessante de Itália, Mario Draghi, despediu-se esta sexta-feira do Conselho Europeu, em Bruxelas, lembrando a sua "longa jornada" na política da UE, marcada por várias crises, recebendo "calorosos aplausos" dos outros líderes europeus.
"Obrigado por estes calorosos aplausos e por esta despedida, obrigado pelos esforços ao longo desta longa jornada", disse Mario Draghi, intervindo no segundo dia da cimeira europeia, numa reunião que decorre à porta fechada, segundo fontes europeias.
Naquele que foi o seu último Conselho Europeu, após a vitória de Giorgia Meloni nas eleições de final de setembro, o primeiro-ministro italiano cessante reforçou que deixa o cargo após uma "longa caminhada" na qual teve "o privilégio de ser inspirado, ajudado, apoiado por todos" os atuais líderes e os seus antecessores, de acordo com as fontes europeias.
As mesmas fontes salientaram também o "longo aplauso" dos chefes de Governo e de Estado ao primeiro-ministro italiano cessante.
O ex-presidente do BCE deixa o cargo de chefe de Governo italiano numa altura em que a UE enfrenta uma acentuada crise energética e altos níveis de inflação, situações exacerbados pela guerra da Ucrânia provocada pela invasão russa, depois de na anterior crise financeira de 2011 ter liderado o banco central da moeda única e de ser visto como o homem que "salvou o euro".
O ex-presidente do BCE liderava em Itália um governo de unidade nacional desde fevereiro de 2021, apoiado por todos os principais partidos do país, exceto pelo partido Irmãos de Itália (FdI), liderado pela sua previsível sucessora, Giorgia Meloni.
Giorgia Meloni, que venceu as eleições legislativas em 25 de setembro, vai governar com a coligação de direita e de extrema-direita -- com a Liga, de Matteo Salvini, e com o Força Itália, de Silvio Berlusconi --, que tem maioria no novo parlamento.
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