A Igreja Católica austríaca enfrenta um dos maiores escândalos da sua história, depois de uma revista ter revelado fotografias que mostram alunos e professores de um seminário católico nos arredores de Viena em poses homossexuais. O director do seminário já tinha sido afastado depois de a Polícia ter descoberto no seu computador milhares de imagens e vídeos pornográficos, alguns deles envolvendo crianças.
O escândalo começou a ganhar dimensão na semana passada, quando a Polícia, chamada a investigar acusações de abusos sexuais a menores contra Ulrich Kuechl, director do seminário católico de St. Poelten, descobriu no seu computador pessoal e noutros computadores do seminário mais de 40 mil fotos e vídeos pornográficos de cariz homossexual, muitos dos quais envolvendo crianças ou animais. Kuechl pediu imediatamente a demissão, numa tentativa de abafar o caso, mas a respeitada revista Profil publicou esta semana algumas da imagens encontradas no seu computador, que mostram alunos do seminário em poses homossexuais com os professores, incluindo beijos e carícias.
Segundo alguns antigos seminaristas contaram à revista, as fotos foram tiradas durante algumas da "orgias homossexuais" organizadas pelos responsáveis do seminário, e que são, de acordo com as testemunhas, "prática corrente" de há alguns anos para cá. As mesmas testemunhas sugeriram ainda que os responsáveis do seminário poderão ter-se servido do seu poder e influência para forçar os seminaristas e participar nas ditas orgias.
A divulgação das fotos deu uma nova visibilidade ao escândalo e levou à demissão do sucessor de Kuechl, Wolfgang Rothe. A Igreja Católica prometeu já investigar o assunto até às últimas consequências, e o mesmo fez a Polícia, que pretende apurar se os responsáveis do seminário são culpados de abusos sexuais.
Debaixo de uma chuva de críticas de vários sectores da sociedade, o bispo responsável pela diocese de St. Poelten, Kurt Krenn, tentou pôr água na fervura e minimizar o sucedido, afirmando que as fotos não passavam de "partidas infantis que não têm nada a ver com homossexualidade".
A forma ligeira como tentou minimizar o escândalo colocou-o imediatamente no centro de todas as críticas, com vários partidos políticos e alguns sectores da Igreja a exigirem a sua imediata resignação. Monsenhor Krenn rejeitou prontamente a sugestão de que deveria demitir-se, mas um alto responsável da Igreja austríaca, Martin Wolchhofer já assegurou que o bispo terá que "responder perante Deus e a Igreja por causa disto".
Recorde-se que a Igreja austríaca já tinha sido abalada por um escândalo sexual em 1998, quando o cardeal Hermann Groer foi forçado a resignar por ter molestado rapazes.
AMODÓVAR E A 'SUA' PEDOFILIA
Em 'Mala Educación' ['A Má Educação'], Pedro Amodóvar põe a nu o tema da pedofilia na Igreja. O último filme do cineasta espanhol conta a história da amizade de dois jovens, marcados por uma infância de abusos sexuais vivida num colégio de padres. Sem pudores e num registo 'kitch' q.b., como é habitual, a pedofilia serve de base a toda uma acção urbana, cinéfila e muito actual. E se Almodóvar garante que este não é um ajuste de contas com a sua própria infância, apesar de inevitavelmente a retratar de algum modo, não deixamos de questionar: como consegue ele, de forma tão intensa, contar estas histórias tão reais, do dia-a- -dia de todos os dias?
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