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Sindicato apela a doações aos jornalistas que morrem de fome em Gaza

Doação pode ser feita para o Fundo de Segurança da Federação Europeia de Jornalistas.

29 de julho de 2025 às 19:50

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) informou esta terça-feira que se associou a uma iniciativa da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ), apelando aos jornalistas portugueses que façam uma doação "aos jornalistas palestinianos e famílias que morrem de fome" na Faixa de Gaza.

Em comunicado, o SJ adianta que se associou à iniciativa "De Jornalista para Jornalista", que resulta de "conversas entre a presidente da FEJ, Maja Server, e o presidente do Sindicato Palestiniano de Jornalistas (SPJ), Nasser Abu Bakr, sobre a dramática situação vivida em Gaza" que afeta também jornalistas.

Através desta iniciativa, a "FEJ e o SPJ apelam a cada jornalista europeu para doar 10 euros ao Fundo de Segurança da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla original), com o objetivo de financiar a compra de alimentos para jornalistas em Gaza e famílias", aponta o SJ.

Segundo o sindicato, esta doação pode ser feita para o Fundo de Segurança da IFJ através do seguinte IBAN: BE64 2100 7857 0052.

Em alternativa, a doação pode ser feita através do Donorbox da IFJ: https://donorbox.org/donation-to-the-ifj-safety-fund, acrescenta o SJ, pedindo que, neste caso, o doador "escreva "Gaza" na caixa "Write us a comment")".

Citado em comunicado, o presidente do Sindicato Palestiniano de Jornalistas sublinha que este dinheiro "ajudará a aliviar a fome e permitirá que as famílias dos jornalistas palestinianos obtenham o mínimo necessário de alimentos, como leite e farinha", afirmou, apontando que "os jornalistas em Gaza estão a viver uma tragédia humanitária sem precedentes na História".

"Não podemos limitar-nos a oferecer palavras de apoio aos nossos colegas em Gaza. Apelamos a todos os jornalistas que possam fazê-lo que façam uma doação através do Fundo de Segurança da IFJ, que garantirá que os fundos angariados sejam utilizados da forma mais eficaz e segura possível", acrescentou Maja Sever, citado na mesma nota.

O diretor de emergências do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, Ross Smith, comparou esta terça-feira a catástrofe humanitária na Faixa de Gaza às situações de fome registadas na Etiópia e no Biafra no século passado.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo grupo extremista palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

Israel também impôs um bloqueio à entrega de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 140 pessoas já morreram de desnutrição e fome, a maioria crianças.

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