Rogério Tolentino entregou-se voluntariamente à polícia. Deputado Pedro Henry deverá fazê-lo ainda hoje.
O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro decretou as prisões de mais dois réus condenados por envolvimento na mega-fraude conhecida como 'Mensalão', descoberta em 2005 no primeiro governo do então presidente Lula da Silva, um deles o deputado federal Pedro Henry.
Até às 15h00 de Lisboa, o parlamentar ainda não tinha sido preso, mas esperava-se que se entregasse à Polícia Federal a qualquer momento. Enquanto isso, o outro réu com prisão decretada, Rogério Tolentino, um dos advogados do empresário Marcos Valério, principal operador do esquema de corrupção, entregou-se ontem ao final da noite, à polícia na cidade de Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, onde vive.
Tolentino foi condenado no final de 2012 a seis anos e dois meses de prisão em regime semi-aberto (situação em que o preso pode sair da cadeia para trabalhar e só voltar ao anoitecer), mas continuava em liberdade enquanto aguardava uma decisão sobre recursos que apresentou contra a sentença.
Na tarde de quinta-feira, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, rejeitou os últimos recursos de Tolentino, declarou o processo encerrado e pouco depois decretou a sua prisão.
O advogado deve ser levado, esta sexta-feira, para a capital brasileira, Brasília, para ser presente ao juíz de execuções penais que está à frente do processo de cumprimento das penas dos réus envolvidos no caso 'Mensalão', e depois encaminhado para uma penitenciária da região.
Tolentino deve ser enviado para a Penitenciária da Papuda, mas provavelmente não ficará lá por muito tempo, pois mesmo antes de a sua prisão ser decretada já tinha solicitado autorização para cumprir a pena em Belo Horizonte, cidade do seu domicílio, como a lei permite.
TERCEIRO DEPUTADO ENVOLVIDO
Já o deputado Pedro Henry, do Partido Progressista, de Paulo Maluf, aliado dos governos de Lula e da atual presidente, Dilma Rousseff, foi condenado a sete anos e dois meses de prisão, também por corrupção. O processo do parlamentar, que é do estado de Mato Grosso, tinha sido concluído no final de quinta-feira, depois de Joaquim Barbosa ter rejeitado os recursos, sendo que a sua prisão foi decretada esta sexta. Este deputado deverá ser igualmente encaminhado para a Penitenciária da Papuda.
Pedro Henry é o terceiro deputado federal com prisão decretada por envolvimento no esquema do caso 'Mensalão'. Os outros dois, já presos, são José Genoíno, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), e Valdemar da Costa Neto, líder do Partido da República, que renunciaram aos mandatos.
Na Penitenciária da Papuda estão já todos os réus do "Mensalão" que tiveram a prisão decretada desde o passado dia 15 de novembro, à excepção do ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), José Genoíno, que por motivos de saúde foi autorizado provisoriamente a cumprir prisão domiciliária em casa de uma filha em Brasília, e do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto, que fugiu para Itália.
Entre os detidos na Papuda, estão o próprio Marcos Valério e o ex-ministro-chefe de Lula, José Dirceu, condenado a 10 anos e 10 meses de prisão como chefe do "Mensalão", um esquema que consistia no desvio de milhões de euros dos cofres públicos para pagar a fidelidade de aliados ao ex-presidente.
Até agora, o Supremo Tribunal Federal já decretou a prisão de 17 dos 25 condenados no processo, que tinha 37 arguidos. Além dos 16 envolvidos no caso 'Mensalão' já detidos e do que fugiu para Itália, três outros foram condenados a penas alternativas e não irão para a cadeia, e os restantes aguardam a definição dos respetivos casos.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.