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Taiwan abre 'guerra' entre China e Japão

China avisa Japão que sofrerá "derrota esmagadora" se tentar intervir em Taiwan.

15 de novembro de 2025 às 01:30

As declarações da primeira-ministra japonesa sobre uma eventual intervenção militar de Tóquio num conflito em Taiwan deixaram a China, que reivindica aquele território, em estado de alerta, considerando-as um “perigoso ressurgimento do militarismo japonês”. A crítica veio acompanhada de um aviso: se o Japão intervier militarmente no estreito de Taiwan, “a China considerará tal ação como uma agressão” e agirá em conformidade.

A resposta às intenções manifestadas por Sanae Takaichi, que justifica o envio de tropas para defender Taiwan, se tal se verificar necessário, como uma ação de “legítima defesa” para garantir a sobrevivência ao seu país, surgiu através do Diário do Povo, jornal do Partido Comunista Chinês, segundo o qual o militarismo japonês utilizou, ao longo da história, “ repetidamente supostas 'crises existenciais' como desculpa para lançar invasões”. Mas o que fez escalar ainda mais a tensão entre os dois países foi um texto publicado nas redes sociais pelo cônsul chinês em Osaca, onde sugeria “cortar essa cabeça suja sem a menor hesitação”, ainda que sem especificar o destinatário.

A mensagem foi depois apagada. Taiwan, que a China considera parte do seu território, é uma ilha com Governo próprio desde 1949 e conta como principal aliado os EUA. Oficialmente, a questão de Taiwan não foi abordado no recente encontro entre Trump e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, mas o presidente dos EUA garantiu, na ocasião, que Pequim não “fará nada em relação à ilha” enquanto estiver na Casa Branca, alertando para as consequências daí decorrentes. Certo é que a “reunificação” é um dos objetivos traçados por Xi desde que chegou ao poder, em 2012, não excluindo o uso da força.

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