Vários corpos foram encontrados em diferentes pontos da maior cidade brasileira.
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O número de mortos pelo temporal que na madrugada desta segunda-feira atingiu com fúria São Paulo voltou a subir, chegando agora às 12 vítimas mortais após a descoberta de mais corpos em vários pontos da maior cidade brasileira e regiões limítrofes. Dos 12 mortos, seis foram soterrados pelo desabamento das suas casas e cinco afogaram-se nas ruas, onde a altura da água subiu mais de dois metros em muitos pontos.
A chuva forte começou por volta das 17h00 de domingo, horário local, 20h00 em Lisboa, e só terminou ao amanhecer desta segunda-feira. Choveu em todas as regiões de São Paulo e em quase todas as cidades vizinhas, o que impediu o escoamento das águas de uma região para outra e provocou o transbordamento de muitos rios.
Nesse período, os bombeiros receberam 601 pedidos de ajuda para alagamentos, 54 para desmoronamentos de casas e muros e 3 para deslizamentos de terra de maiores proporções. Com tantas solicitações, os Bombeiros e a Proteção Civil entraram em colapso e, também eles com dificuldade para atingir os pontos mais críticos, muita gente ficou sem socorro.
Ao amanhecer, famílias inteiras continuavam à espera de ajuda nos telhados das suas casas, em cujo rés-do-chão a água chegava ao tecto, e a cena que mais se via nas principais avenidas eram outras pessoas tentando salvar-se refugiando-se nos tejadilhos dos carros, onde várias delas tiveram de passar a noite em pé pois a água já tinha passado das janelas dos veículos. Em muitos bairros, a concentração da água das chuvas foi reforçada pela água dos rios que galgaram o seu leito e invadiram as vias próximas, aumentando a força da corrente, arrastando tudo pela frente.
O volume de água foi tão grande que congestionou totalmente tanto as galerias pluviais, por onde deveria escoar a água das chuvas, quanto os esgotos, e moradores relataram que as suas casas foram invadidas por esgoto que saía pelas sanitas. Vários bairros ainda estavam isolados no final da manhã, e os acessos a cidades limítrofes, como São Caetano, Mauá, São Bernardo do Campo, Santo André e até para o Rio de Janeiro estavam difíceis.
O pavor das pessoas foi aumentado pela falta de energia em diversas regiões, obrigando-as a esperarem socorro no escuro, e os transportes tiveram de parar por as ruas e até as linhas férreas estarem submersas. Na linha 10 dos comboios suburbanos que ligam São Paulo a cidades vizinhas, a circulação foi totalmente paralisada e passageiros, sem conseguirem seguir nem mesmo descerem para as estações, também debaixo de água, passaram a noite dentro das composições.
Voluntários foram decisivos para evitar mais vítimas, como um rapaz que usou o seu Jet-ski para salvar mais de 20 vizinhos, alguns pessoas de idade, que estavam em risco dentro ou em cima das próprias casas. Quando amanheceu e os helicópteros puderam ser usados, a polícia e os bombeiros utilizaram cestos de resgate para retirar moradores ilhados em risco de afogamento e levá-los para locais mais seguros, enquanto outros faziam resgates através de botes.
Por toda a gigantesca São Paulo, o que se vê esta segunda-feira são escombros de casas e muros, muita lama e lixo de todo o tipo, e carros amontoados uns por cima dos outros depois de terem sido arrastados pela corrente que se formou nas ruas. A previsão meteorológica para esta segunda-feira é de mais chuva forte a partir do meio da tarde.
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