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Theresa May ganha apoio para negociar Brexit com Bruxelas

Parlamento britânico aprovou uma emenda ao acordo do Brexit que propõe a negociação de alternativas à cláusula de salvaguarda para impedir uma fronteira física na Irlanda.

30 de janeiro de 2019 às 08:35

O parlamento britânico votou esta terça-feira, uma vez mais, propostas de alteração ao plano do Brexit da primeira-ministra Theresa May. E a primeira-ministra acabou por conseguir uma pequena vitória ao ver aprovada uma emenda que lhe dá mais poderes para negociar com Bruxelas.

Foram a votos sete emendas, entre elas uma apoiada por May, propondo criar "alternativas" à cláusula de salvaguarda que visa evitar que a Irlanda volte a ser dividida por uma fronteira física. Esta emenda foi aprovada, dando a May a legitimidade que ela queria para ir a Bruxelas pedir o que a UE tem rejeitado: renegociar o acordo já firmado, no qual a cláusula de salvaguarda ocupa papel de destaque.

Pressionando os deputados, May afirmou, antes das votações: "Esta câmara não deixou dúvidas quanto ao que não quer. Hoje precisamos de enviar uma mensagem enfática sobre o que queremos".

Os deputados responderam ‘sim’ a esta chamada. A emenda do conservador Graham Brady, propondo alternativas à salvaguarda, foi aprovada por uma maioria de 16 votos (322 votos a favor e 301 contra), fortalecendo o poder negocial de May.

Após a votação, a PM congratulou-se, frisando que "agora há uma via definida" para renegociar com a UE. Contudo, Bruxelas reiterou que os debates em curso no Reino Unido nada podem mudar.

A única outra emenda aprovada foi uma prevendo que não haverá uma saída da UE sem acordo. Apesar de essa emenda não ter poder vinculativo, May destacou que deixou claro que o parlamento não quer um Brexit duro.

As restantes emendas foram chumbadas, entre elas a da deputada trabalhista Yvette Cooper, que pedia o adiamento do Brexit e a do líder do partido, Jeremy Corbyn, que pedia uma união aduaneira com a UE após o Brexit e garantias de uma saída negociada.

Saiba Mais

2016

A 23 de junho os britânicos aprovaram em referendo, por 51,9%, a saída britânica da União Europeia (UE).

Adesão em 1973

O Reino Unido aderiu à Comunidade Europeia (antecessora da UE) em 1973, durante o governo conservador de Edward Heath. Em 1975 a continuação na CE foi aprovada em referendo.

Saída após mais de 40 anos

A 29 de março de 2017 o Reino Unido acionou o Artigo 50 dos tratados europeus, dando início ao processo do Brexit.

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