Tem o objetivo de manter pressão sobre o ministério francês da Cultura, caso persista a ausência de resposta às reivindicações dos trabalhadores.
Os sindicatos dos trabalhadores do Louvre apresentaram hoje novo pré-aviso de greve para 5 de janeiro, após terem suspendido a paralisação iniciada na segunda-feira, durante o período de natal e ano novo.
O novo pré-aviso de greve, segundo os sindicatos, tem o objetivo de manter pressão sobre o ministério francês da Cultura, caso persista a ausência de resposta às reivindicações dos trabalhadores.
A possibilidade de nova greve tinha já sido avançada hoje de manhã, quando os funcionários do Louvre votaram o regresso ao trabalho, como "uma trégua de Natal".
"Se nada mudar, voltaremos à greve em 5 de janeiro", disse o representante sindical Christian Galani à agência espanhola EFE.
Esta posição foi confirmada numa reunião realizada esta tarde, na qual os representantes dos trabalhadores agendaram uma nova assembleia para 5 de janeiro para votar o reinício da greve.
O pré-aviso de greve, com efeitos a partir dessa data, foi já emitido, segundo um comunicado conjunto dos sindicatos CFDT, CGT e SUD.
Estas organizações indicaram que estão a dar à administração "alguns dias para apresentar novas propostas que venham ao encontro das reivindicações", uma vez que as oferecidas até ao momento estão "aquém da realidade diária" das necessidades do museu e dos seus funcionários.
Os sindicatos reiteraram ainda as principais reivindicações apresentadas ao Ministério da Cultura de França, que passam por uma mudança na gestão, a priorização de reformas para garantir a preservação do museu, a eliminação do iminente aumento de preços para visitantes de fora da União Europeia e a suspensão do projeto de construção de uma nova entrada.
Estas reivindicações incluem ainda segurança no emprego e a criação de novas funções que respondam a carências reais do museu, redução da carga horária, aumentos salariais e melhores condições para trabalhadores e visitantes.
O delegado sindical Christian Galani, citado pela Efe, disse que grande parte dos 2.200 funcionários da instituição --- pouco mais de metade dos quais dedicados à segurança e vigilância --- têm piores condições de trabalho do que os funcionários públicos do Ministério da Cultura.
Galani, que disse ter um salário base de 1.600 euros, explicou que os trabalhadores exigem aumentos salariais fixos, em vez do bónus de 350 euros proposto pelo Ministério da Cultura.
A greve dos trabalhadores do Louvre surge na sequência do roubo de joias da coroa francesa, em outubro, que ainda não foram recuperadas, apesar da detenção dos quatro alegados autores, e de uma série de incidentes que tornam evidente carências do museu mais visitado do mundo (nove milhões de entradas em 2024): o encerramento de salas, devido à fragilidade de vigas do edifício, e a inundação da biblioteca de antiguidades egípcias, provocada pelo rompimento de um cano, ocorrida no final de novembro.
Na quinta-feira, o museu reabriu parcialmente e hoje funcionou em pleno.
Segundo as agências internacionais de notícias, estima-se que um dia de encerramento do Louvre resulte numa perda de receitas de aproximadamente 400 mil euros.
O museu tem uma capacidade máxima de 30 mil visitantes por dia.
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