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Três vietnamitas detidos por tráfico humano em Moçambique

Os três foram detidos por "estarem envolvidos no tráfico de seres humanos, para fins de exploração sexual".

31 de julho de 2025 às 21:06

Três cidadãos vietnamitas foram detidos em Moçambique suspeitos da prática de crimes de tráfico e exploração sexual de seis mulheres, da mesma nacionalidade, em Maputo, sul do país, anunciou esta quinta-feira o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).

De acordo com o porta-voz do Sernic em Maputo, João Adriano, os três foram detidos por "estarem envolvidos no tráfico de seres humanos, para fins de exploração sexual".

Foram indiciados, acrescentou, por "aliciaram" seis mulheres com promessas de emprego, mas, após chegarem a Moçambique, "foram-lhes retiradas os passaportes e quaisquer outros meios de comunicação e foram submetidas a trabalhos de exploração sexual".

"As seis cidadãs estavam confinadas e passavam os seus dias num único compartimento e quando, supostamente, chegasse alguém interessado nos serviços, é que saíam para um outro compartimento", explicou o porta-voz, acrescentando que algumas das vítimas estão em Moçambique há dois anos.

"um grupo chegou em 2023 e outro em princípios de 2024", concluiu.

O ministro da Justiça de Moçambique pediu, na quarta-feira, "penas proporcionais" nos crimes de tráfico humano no país, apontando como desafios a atuação "sofisticada" das redes, associadas aos conflitos armados e migrações ilegais.

"Devemos reforçar as seguintes ações estratégicas: reforço da legislação, com penas proporcionais e medidas efetivas de proteção às vítimas, fortalecimento de mecanismos de denúncia anónima mais acessíveis à população, fomentar a cooperação regional e internacional, para partilha de informações e repatriamento seguro de vítimas", afirmou o ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize, durante a abertura do Fórum Interministerial, em Maputo, que assinalou o dia mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas.

O governante apelou também ao reforço da educação nas comunidades e assistência direta à reintegração socioeconómica das vítimas deste tipo de crime.

Segundo o ministro, milhões de pessoas são vítimas deste crime todos os anos, particularmente grupos vulneráveis, destacando mulheres e crianças "exploradas para fins de trabalho forçado, exploração sexual, mendicidade forçada, casamentos forçados e tráfico de órgãos".

"A atuação das redes de tráfico é cada vez mais sofisticada, aproveitando-se das vulnerabilidades económicas, conflitos armados e migrações irregulares", advertiu o governante.

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