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Trindade e Tobago diz ter autorização dos Estados Unidos para explorar campo de gás com Venezuela

Embardo petrolífero foi imposto pelos EUA, após o destacamento de navios de guerra americanos nas Caraíbas para uma operação anti-drogas que visa a Venezuela.

09 de outubro de 2025 às 22:51

Trindade e Tobago anunciou esta quinta-feira que os Estados Unidos o autorizaram a explorar um importante campo de gás com a Venezuela, país ao qual Washington impôs um embargo petrolífero.

Este embardo petrolífero foi imposto pelos EUA, após o destacamento de navios de guerra americanos nas Caraíbas para uma operação anti-drogas que visa a Venezuela.

No âmbito da crise com a Venezuela, a administração americana tinha revogado todas as licenças de exploração e pesquisa (exceções ao embargo e sanções) em abril e maio, incluindo a da americana Chevron na Venezuela.

A licença relativa ao campo de gás Dragon fazia parte dessas revogações. Mas, desde então, a Ofac concedeu no final de julho uma nova licença à Chevron para que a companhia petrolífera explore o seu campo na Venezuela.

"O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos concedeu a licença Ofac (agência dependente do Tesouro americano) solicitada pelo governo e pela National Gas Company para prosseguir a exploração do campo de gás Dragon", afirmou o Procurador-Geral de Trindade e Tobago, John Jeremie, durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira.

Em 2023, Trinidad e Tobago assinou um acordo com a Shell para a produção e exportação de gás do campo Dragon, estimado em 120 mil milhões de metros cúbicos.

O campo de gás Dragon está localizado nas águas venezuelanas, a nordeste da Venezuela, perto da fronteira marítima com Trinidad e Tobago e dos campos trinitários explorados pela Shell.

A autorização vai "permitir ao governo e à NGC conduzirem negociações com o governo da Venezuela e outras partes interessadas para avançar com o projeto Dragon Gas sem violar as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos e pela legislação americana", precisou Jeremie.

Segundo o maior produtor de gás das Caraíbas, o arquipélago de Trinidad e Tobago, onde 20% da população vive abaixo do limiar da pobreza e situado a cerca de dez quilómetros da Venezuela, enfrenta uma recessão económica e espera no futuro rendimentos provenientes da exploração do Dragon.

A Primeira-ministra, Kamla Persad-Bissessar, que apoiou o desdobramento de navios  americanos nas Caraibas e mostra-se veementemente contra o poder venezuelano, encontrou-se com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, na semana passada.

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