EUA registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu esta quinta-feira a sua decisão de anunciar a suspensão das viagens provenientes de parte da Europa devido ao Covid-19 sem prevenir os dirigentes europeus argumentando que isso demoraria "demasiado tempo".
"Tínhamos de agir rapidamente", disse Trump, reconhecendo que a medida terá um "impacto importante" na economia.
Questionado pelos jornalistas durante uma reunião na Sala Oval com o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, Trump afirmou ainda que se reserva a opção de estender por mais de 30 dias as restrições às viagens ou de reduzir esse prazo "se acabarem" os problemas relacionados com o novo coronavírus.
"É possível (que o estenda mais de 30 dias), e também é possível que o anulemos antes do previsto", disse.
A União Europeia condenou esta quinta-feira a decisão dos Estados Unidos de impor uma suspensão de voos do espaço Schengen, "tomada unilateralmente e sem consultas", segundo afirmaram os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, numa declaração conjunta.
"O [novo] coronavírus é uma crise global, não está limitada a um continente, e exige cooperação, e não ação unilateral", argumentaram Ursula von der Leyen e Charles Michel, na declaração conjunta divulgada ao final da manhã em Bruxelas.
Também esta quinta-feira, a Comissão Europeia rejeitou "reagir a quente" à decisão norte-americana, mas garantiu que vai "analisar as consequências" e "refletir sobre possíveis" respostas.
"Como sabem, a União Europeia não tem o hábito de reagir a quente [porque] acreditamos que as boas decisões requerem reflexão e coordenação interna", declarou o porta-voz do executivo comunitário Eric Mamer, falando aos jornalistas na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas.
A indignação da UE ocorre depois de Trump ter anunciado na quarta-feira a suspensão de todos os voos provenientes da Europa, medida que entra em vigor na sexta-feira e irá prolongar-se pelo menos durante 30 dias.
Aquando do anúncio, o Presidente norte-americano acusou a UE de ter falhado na adoção de medidas restritivas de precaução e apontou que muitos dos focos de infeção nos Estados Unidos foram provocados por viajantes oriundos da Europa.
Depois da intervenção de Trump, os serviços de segurança interna norte-americanos precisaram que a proibição de viagens desde a Europa se aplica apenas aos estrangeiros que tenham estado no espaço Schengen nos 14 dias anteriores à sua chegada aos EUA, não se aplicando por isso ao Reino Unido, a cidadãos norte-americanos ou residentes permanentes e familiares diretos de cidadãos dos Estados Unidos.
Embora Trump tenha dito que a medida se aplicaria também ao transporte de mercadorias, a declaração oficial difundida depois da sua intervenção clarificou que as restrições se aplicam a pessoas e não mercadorias.
Os Estados Unidos registavam na quarta-feira 38 mortos e mais de 1.300 casos de infeção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, também na quarta-feira, a doença Covid-19 como pandemia, justificando tal denominação com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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