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Trump promete regresso de trabalhadores sul-coreanos deportados de fábrica da Hyundai

Presidente dos EUA admitiu agora que "será necessário trazer algumas pessoas de volta, pelo menos nas fases iniciais", dada a complexidade técnica das fábricas.

27 de outubro de 2025 às 19:45

O Presidente dos Estados Unidos prometeu esta segunda-feira que os trabalhadores sul-coreanos deportados em setembro de uma fábrica da empresa sul-coreana Hyundai, no estado da Geórgia (sudeste), vão regressar.

"Opus-me à saída e, de facto, antes de terem saído, já estavam bem estabelecidos. Disse que podiam ficar. Partiram, mas vão regressar", disse Donald Trump, em declarações aos jornalistas, a bordo do Air Force One a caminho da Coreia do Sul.

O comentário aconteceu na véspera do encontro do Presidente norte-americano com o homólogo da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, que já tinha criticado a operação, afirmando que a ação das autoridades norte-americanas "minava a confiança das empresas sul-coreanas em investir nos Estados Unidos".

Trump, que tem prometido implementar a maior deportação em massa da história do país, admitiu agora que "será necessário trazer algumas pessoas de volta, pelo menos nas fases iniciais", referindo-se à complexidade técnica das fábricas afetadas.

"Neste caso, eram baterias. As baterias são muito complexas e perigosas de fabricar. Não se pode simplesmente tirar pessoas do desemprego e dizer: 'Abrimos uma fábrica de dois mil milhões de dólares'. Portanto, temos um entendimento", explicou Trump.

A operação de controlo de imigração de 04 de setembro resultou na deportação de 316 trabalhadores sul-coreanos, de um total de 475 funcionários estrangeiros detidos, naquela que foi a maior ação de imigração em locais de trabalho desde o início do atual mandato.

Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul disse que Trump tinha pedido a Seul para "encorajar os trabalhadores a permanecer nos Estados Unidos", embora alguns dos deportados tenham manifestado relutância em regressar após a operação.

Apesar da controvérsia, a Hyundai anunciou em 18 de setembro um investimento de 2,7 mil milhões de dólares (cerca de 2,5 mil milhões de euros) na fábrica da Geórgia, como parte do plano estratégico do grupo até 2030, que prevê aumentar a capacidade da Hyundai Motor Group Metaplant America para 500.000 unidades até 2028.

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