Previsão é da Confederação Nacional do Comércio, Serviços e Turismo.
O turismo, setor fortemente afetado pela pandemia no Brasil, com queda histórica de 36,7% em 2020, levará dois anos para recuperar e só voltará aos níveis pré-pandemia no primeiro trimestre de 2023, segundo projeções empresariais.
A previsão é da Confederação Nacional do Comércio, Serviços e Turismo (CNC), que reduziu hoje as projeções de crescimento para o setor do turismo em 2021, depois de o Governo ter confirmado que este segmento, juntamente com o dos Serviços, foram os mais afetados pela pandemia.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de Serviços sofreu uma retração recorde de 7,6% em 2020 e essa queda foi ainda maior para as atividades turísticas, com queda de 36,7%.
Para o IBGE, o turismo brasileiro acumulou entre maio e novembro de 2020 um crescimento de 120,8% graças à sua reabertura gradual, mas ainda precisa se expandir mais 42,9% para voltar ao patamar de fevereiro, antes da crise sanitária.
A Confederação anunciou hoje que tais "quedas históricas" a obrigaram a reduzir a sua projeção para o setor de Serviços neste ano, de um aumento de 3,7% esperado até apenas um mês atrás para 3,5% agora calculado.
"Especificamente em relação ao turismo, a tendência é que a receita real do setor caia 9,7% neste ano, com perspetiva de voltar ao patamar pré-pandemia apenas no segundo trimestre de 2023", segundo um estudo divulgado pela entidade.
"O turismo tem sido o grupo de atividades mais afetado pela pandemia. Ao contrário do comércio e da indústria, que já alcançaram níveis de atividade superiores aos observados no início de 2020, o setor sofreu uma perda de quase 30% em relação à média de geração de rendimentos nos primeiros dois meses do ano passado", acrescenta o relatório.
Para o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, na revisão das projeções pesou "a lenta recuperação do nível de atividade dos serviços e as expectativas negativas para o desempenho da economia brasileira nos próximos trimestres".
O dirigente alertou que a recuperação dos serviços e do turismo também está condicionada a um avanço mais rápido no processo de vacinação da população contra o novo coronavírus.
A Confederação estima que, nos últimos onze meses, entre março de 2020 e janeiro de 2021, o turismo brasileiro acumulou perdas de 274 mil milhões de reais (cerca de 42 mil milhões de euros).
Tais perdas obrigaram as empresas do setor a eliminar cerca de 397 mil empregos formais (com contrato de trabalho) em 2020, dos quais 211.100 correspondiam a empresas de bares e restaurantes, cerca de 90.700 a transporte rodoviário e 56.500 à hotelaria.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de mortos (234.850, em mais de 9,6 milhões de casos), depois dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.355.410 mortos no mundo, resultantes de mais de 107,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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