Balanço provisório por Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infetados.
1 / 4
A União Europeia garante estar a trabalhar "em todas as frentes" para prevenir a propagação do coronavírus Covid-19 na Europa, insistindo sobretudo na necessidade de coordenação dos Estados-membros "em tempo real" para enfrentar um fenómeno que é "dinâmico".
Numa altura em que já há pelo menos 381 casos na Europa e 12 casos mortais (11 dos quais em Itália), a Comissão Europeia sublinha que o Covid-19 é naturalmente "motivo de preocupação", mas não de "pânico", considerando que o fundamental é a União, no seu conjunto, estar "preparada" para um eventual aumento da epidemia, quer a nível de tratamento, quer de contenção do surto.
Para tal, e além de estar a financiar investigação e a prestar apoio financeiro e material à China e ao repatriamento de cidadãos europeus, Bruxelas está coordenar uma resposta conjunta global e coordenada, através de três mecanismos: o Sistema de Alerta Rápido e de Resposta, o Comité de Segurança da Saúde e a rede de Comunicadores deste comité.
Bruxelas também está a providenciar orientações técnicas através das agências relevantes, designadamente o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças -- organismo ao qual cabe proceder à avaliação de risco para auxiliar os Estados-membros e a Comissão na resposta a dar -, a Agência Europeia do Medicamento e a Agência Europeia para a Segurança da Aviação.
Também no quadro dos esforços de coordenação e troca de informação, os Estados-membros da União Europeia e a Comissão Europeia vão passar a reunir-se todas as quartas-feiras para preparar uma linha de prevenção e contenção do Covid-19, tal como revelou esta quarta-feira a secretária de Estados dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, que na terça-feira esteve em Bruxelas.
Em 13 de fevereiro passado, já teve lugar em Bruxelas uma reunião extraordinária de ministros da Saúde dos 27, indicando a Comissão que as conclusões desse encontro servem de base às "ações-chave" que está a desenvolver.
Segundo o executivo comunitário, que já tem mesmo uma página no seu sítio de Internet dedicada ao Covid-19 - https://ec.europa.eu/health/coronavirus_pt -, de acordo com a informação fornecida pelas autoridades nacionais, há atualmente na Europa um "nível globalmente forte de preparação" para fazer face ao coronavírus, com os 27 a terem já em marcha planos de resposta para atender ao tratamento de casos dentro da UE "e mitigar mais contágios dentro ou para dentro da UE".
Na segunda-feira, Bruxelas anunciou a mobilização de mais 232 milhões de euros para apoiar a luta global contra o coronavírus. Deste montante, 114 milhões destinam-se a apoiar os esforços da Organização Mundial de Saúde (OMS), 100 milhões para financiamento de investigação, desenvolvimento de vacinas e tratamentos, 15 milhões a África para apoiar a vigilância epidemiológica e rapidez nos diagnósticos, e 3 milhões para apoiar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil no fornecimento de equipamento de proteção pessoal à China e repatriamento de cidadãos europeus.
Uma das questões delicadas associadas ao surgimento de casos na UE, e designadamente o surto em Itália, é a do controlo e/ou encerramento de fronteiras, que a Comissão Europeia tem sublinhado não ser da sua competência, ainda que tenha de dar o aval a eventuais solicitações dos Estados-membros, que, à data de hoje, ainda não deram entrada em Bruxelas.
A Comissão não descarta nenhum cenário a nível de controlo de fronteiras, até porque "a situação é dinâmica e está em constante evolução", como indicou a porta-voz Dana Spinant, mas apela aos Estados-membros que evitem decisões unilaterais, pois há um risco de "fragmentação" das medidas tomadas pelos 27 neste âmbito.
A legislação europeia contempla o encerramento temporal de fronteiras entre países do espaço Schengen de livre circulação em contextos específicos, tal como uma ameaça à saúde pública, mas os Estados-membros devem notificar Bruxelas (e os restantes países da União) com uma antecedência de quatro semanas, cabendo à Comissão avaliar se as medidas são "proporcionais".
Certo é que, cada vez menos, o Covid-19 é um problema exclusivamente da China: hoje mesmo, a OMS anunciou que o número de novos casos diários confirmados de coronavírus no resto do mundo ultrapassou pela primeira vez o que se verifica na China.
Com 411 casos na China e 427 no resto do mundo registados na terça-feira, "o número de novos casos fora da China ultrapassou pela primeira vez o número de novos casos na China", declarou o diretor-geral daquela agência das Nações Unidas, Tedros Ghebreyesus, na sede da organização em Genebra.
O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios.
Além de 2.717 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.
Em Portugal, já houve 17 casos suspeitos, que resultaram negativos após análises.
O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.