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UNESCO: Destruição de templo em Palmira é "crime de guerra"

Estado Islâmico assumiu o controlo desta cidade em maio.

24 de agosto de 2015 às 15:46

A destruição de um dos templos da cidade antiga de Palmira, na Síria, pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) é um "crime de guerra", declarou esta segunda-feira a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

"Os autores deverão responder pelas suas ações", afirmou em comunicado a diretora-geral da Unesco. Irina Bokova, citado pela agência noticiosa France Presse (AFP), em que se apela à comunidade internacional "para que continue unida contra esta purificação cultural".

Foi confirmado no domingo que os extremistas do EI, que controlam Palmira (conhecida localmente como Tadmur) desde maio, detonaram explosivos colocados no templo de Baal Shamin, construído no ano 17 d.C. e classificado como património mundial da humanidade.

Na semana passada, foi igualmente divulgado que o EI decapitou um dos maiores especialistas dos tesouros arqueológicos da cidade histórica. Khaled al-Assad, de 82 anos, era o antigo responsável pelas antiguidades e pelos museus de Palmira e ajudou a preservar os tesouros arqueológicos da cidade, também conhecida como a "pérola do deserto", durante meio século.

Para Irina Bokova, "o Daesh [acrónimo árabe depreciativo para o EI] mata as pessoas e destrói o património, mas não pode silenciar a História e não conseguirá apagar esta grande cultura da memória do mundo".

"Apesar dos obstáculos e do fanatismo", acrescenta, "a criatividade humana vai prevalecer, os edifícios e o património serão restaurados e alguns deles serão reconstruídos".

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