Theresa May tem agora a complicada tarefa de convencer Parlamento hostil.
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Os chefes de Estado e de governo da União Europeia aprovaram este domingo o acordo de saída do Reino Unido da UE, num dia histórico mas que marca apenas o encerrar de uma das etapas do processo negocial. Fica a faltar o mais difícil: a aprovação pelo Parlamento britânico, que está longe de estar garantida e que ameaça deitar por terra tudo o que foi conseguido nos últimos meses.
O divórcio entre o Reino Unido e a UE foi selado em pouco mais de meia hora, naquele que terá sido o Conselho Europeu mais curto de sempre. Tudo já estava decidido e, com a retirada da ameaça de veto espanhola por causa de Gibraltar, bastava aos líderes aprovarem o documento final, de 585 páginas, que visa assegurar um Brexit controlado a 29 de maio, seguido por um período de transição que pode ir até quase três anos, e o documento anexo, que estabelece as bases da futura relação comercial entre o Reino Unido e os seus - em breve - ex-parceiros europeus.
No momento do adeus, ambas as partes sublinharam que este é "o melhor acordo possível". "Aqueles que julgam que, se chumbarem o acordo, conseguirão um acordo melhor, ficarão desapontados", frisou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, acrescentando que "não é altura para champanhe". "Um divórcio é sempre um momento trágico. Devemos agora construir uma nova relação (...) que recolha os vestígios do amor que nos uniu", afirmou um sentimental Juncker.
Theresa May foi mais pragmática: "Em qualquer negociação, nem sempre conseguimos tudo o que queríamos. Julgo que os britânicos compreendem isso", disse a primeira-ministra britânica, ciente de que terá grandes dificuldades para fazer aprovar na Câmara dos Comuns um acordo rejeitado tanto por eurocéticos como por europeístas. Um eventual chumbo provocará, quase de certeza, a queda do governo e uma saída sem acordo da UE.
"Não há plano B. Se alguém julga que por votar ‘Não’ conseguirá um acordo melhor está enganado", advertiu o PM holandês Mark Rutte.
"Emigrantes têm os direitos garantidos", defende Marcelo
Os portugueses que vivem no Reino Unido têm a "situação garantida" com o acordo do Brexit aprovado ontem pelos chefes de Estado europeus. A certeza é de Marcelo Rebelo de Sousa, para quem o acordo alcançado foi "o melhor que se pôde atingir", quer para os emigrantes portugueses no país, quer para os britânicos em Portugal.
Ainda assim, para o Chefe de Estado, o dia de ontem ontem foi "um dia triste" por estar "cada vez mais perto" a saída de um país da União Europeia.
Acordo foi "prova extraordinária da unidade europeia"
O primeiro-ministro António Costa defendeu ontem que a negociação para a saída do Reino Unido da União Europeia foi "uma prova extraordinária da unidade europeia". "Ao longo destes meses, não houve uma única fissura entre os 27 Estados-membros", afirmou, em Bruxelas, depois de o Conselho Europeu ter dado luz verde ao acordo do Brexit.
PORMENORES
"Pior de todos os mundos"
O líder trabalhista britânico já garantiu que o seu partido vai votar contra o acordo do Brexit no Parlamento. "Este acordo é mau para o Reino Unido. É o resultado de um miserável fracasso negocial que nos deixa com o pior de todos os mundos", afirmou Jeremy Corbyn.
Unionistas contra
Os unionistas norte-irlandeses do DUP, que sustentam a frágil maioria conservadora no Parlamento, também já garantiram que vão votar contra.
Números não chegam
Sem o apoio unionista, os conservadores têm 316 votos no Parlamento. Para aprovar o acordo são precisos 320 votos. Para complicar, mais de 90 deputados conservadores já disseram que vão votar contra o acordo do Brexit.
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