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Venezuela aposta em aumentar voos com a Rússia após revogar concessão a seis companhias aéreas

IATA instou esta quinta-feira a Venezuela a "reconsiderar" a sua revogação da concessão de voo.

27 de novembro de 2025 às 22:53

O Governo da Venezuela decidiu esta quinta-feira aumentar os voos entre Caracas e Moscovo, e vice-versa, após revogar a concessão a seis companhias aéreas que cancelaram as suas operações no país.

A decisão foi tomada após o aviso da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA que apelou à "extrema precaução" das companhias aéreas ao sobrevoar o território venezuelano.

Durante a XIX edição da Comissão Intergovernamental de Alto Nível Rússia-Venezuela, realizada de forma virtual, Rodríguez afirmou que Caracas e Moscovo consideram aumentar os voos para aprofundar o intercâmbio turístico, em momentos em que, segundo a responsável, os EUA "pressionam outros países, porque acreditam que podem isolar a Venezuela".

"Pressionam outros países para que as companhias aéreas não venham ao nosso país", sublinhou a vice-presidente, após a FAA ter advertido as companhias comerciais sobre "uma situação potencialmente perigosa", num aviso difundido na última sexta-feira.

A autoridade aérea alertou sobre "um risco potencial para as aeronaves a todas as altitudes, incluindo durante o sobrevoo e as fases de chegada e saída", devido à "deterioração da situação de segurança e ao aumento da atividade militar na Venezuela ou nas suas proximidades", numa altura em que os EUA mantêm um contingente aeronaval no Caraíbas, sob o argumento de combater o narcotráfico.

Neste contexto, Rodríguez indicou que a Venezuela está "sob graves ameaças de agressão militar" e agradeceu "todas as manifestações de solidariedade" da Rússia, país com o qual, salientou, há uma relação "irreprimível" e "indestrutível".

Na segunda-feira, a Venezuela deu às companhias aéreas um prazo de 48 horas para retomar operações, sob o alerta de cancelar as autorizações às que não o fizessem, o que cumpriu esta quarta-feira ao anunciar a revogação das concessões da Iberia, TAP, Turkish Airlines, Avianca, Latam Colômbia e Gol, às quais acusou de "se juntarem a ações de terrorismo" promovidas pelos EUA.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que reúne mais de 300 companhias aéreas de todo o mundo, instou esta quinta-feira a Venezuela a "reconsiderar" a sua revogação da concessão de voo.

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