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Venezuela pede aos trabalhadores que redobrem vigilância nas instalações petrolíferas

Delcy Rodríguez disse que o objetivo é manter "a firmeza e disposição em defesa da paz, tranquilidade, integridade territorial e recursos energéticos do país".

13 de dezembro de 2025 às 20:24

A vice-presidente executiva e ministra dos Hidrocarbonetos da Venezuela, Delcy Rodríguez, exortou hoje os trabalhadores a redobrarem a vigilância nas instalações petrolíferas do país e a permanecerem em alerta contra qualquer tentativa de sabotagem.

Numa publicação no Telegram, Delcy Rodríguez disse que a atenção deve estar concentrada na segurança física das instalações e na "proteção cibernética das operações", devido à presença de um destacamento militar norte-americano no Caribe, sob o argumento de combater o narcotráfico, que Caracas considera uma ameaça.

Citada pela agência EFE, Delcy Rodríguez disse que o objetivo é manter "a firmeza e disposição em defesa da paz, tranquilidade, integridade territorial e recursos energéticos do país".

A responsável pediu também para estarem atentos a qualquer tentativa de "sabotagem ou guerra digital, bem como à proteção da indústria em todos os seus âmbitos".

A vice-presidente venezuelana reiterou que a apreensão de um navio petroleiro pelos Estados Unidos em águas próximas da Venezuela, que classificou como assalto, constitui um ato "ilícito e violador" das convenções internacionais que só pode "gerar indignação e vergonha perante o mundo".

Na terça-feira, os Estados Unidos intercetaram o navio petroleiro Skipper, que navegava com bandeira falsa, ao largo da costa da Venezuela, numa operação conjunta do Departamento de Guerra com a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

O navio foi apreendido por ordem de um juiz norte-americano devido às suas ligações anteriores com o contrabando de petróleo iraniano, sancionado por Washington, mas que, nesta ocasião, transportava 1,9 milhões de barris de petróleo bruto da estatal PDVSA, segundo informou o Governo venezuelano, que não especificou o país de destino.

O governo da Venezuela classificou, na quarta-feira, a apreensão como um "roubo descarado" e o Presidente do país, Nicolás Maduro, denunciou que os tripulantes do navio estão "desaparecidos".

Por seu lado, a Casa Branca indicou que o Skipper está sujeito a "um processo de apreensão" e será transferido para um porto norte-americano para proceder à apreensão da sua carga.

Este facto marca um novo episódio da crescente escalada de tensões entre a Venezuela e os Estados Unidos, país que mantém desde agosto um destacamento aeronaval no Caribe que, segundo afirma, se destina a combater o narcotráfico, mas que Caracas interpreta como uma tentativa de promover uma "mudança de regime".

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta semana que "em breve" poderão começar ataques terrestres em território venezuelano.

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