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Viagra e próteses penianas para militares no Brasil

Forças Armadas usaram verbas do orçamento militar para comprar mais de 35 mil doses do famoso ‘comprimido azul’.

16 de abril de 2022 às 10:00

As Forças Armadas brasileiras usaram dinheiro do orçamento militar para comprarem, em segredo, mais de 35 mil comprimidos de Viagra, medicamento contra a disfunção erétil, e 60 próteses penianas. A denúncia, que causou revolta e constrangimento, foi feita pelo deputado Elias Vaz e pelo senador Jorge Cajuru, que conseguiram ter acesso aos gastos militares.

A Marinha foi a maior beneficiada, tendo recebido 28 320 comprimidos de Viagra, seguida pelo Exército, com 5000, e a Força Aérea com 2000. Não foi divulgado qual o ramo das Forças Armadas que recebeu as próteses penianas, de última geração, mas a inusitada aquisição custou mais de 700 mil euros, um absurdo num país em que falta tudo na área da saúde pública.

Após a divulgação da estranha compra, a Marinha alegou que o Viagra também é usado para tratar a hipertensão arterial pulmonar, e esse foi o motivo da aquisição. Mas especialistas avançaram que essa doença, além de rara, atinge principalmente mulheres, e que a dosagem adquirida pelos militares nem é a indicada para esses casos. Ficou ainda por esclarecer qual o possível motivo para a compra das próteses penianas.

Irritado com a divulgação do caso, o Presidente, Jair Bolsonaro, reagiu em tom ameaçador, dizendo que criticar as Forças Armadas é crime. Já o vice-PR, Hamilton Mourão, ironizou, dizendo que 35 mil comprimidos são até insuficientes para os 110 mil “velhinhos” da reserva.

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