Presidente da Comissão Europeia apontou que a UE enfrentou "crises de proporções históricas".
A presidente da Comissão Europeia defendeu esta terça-feira, na última sessão plenária da legislatura do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, França, que a União Europeia (UE) está mais forte do que há cinco anos, apesar das "crises de proporções históricas" que enfrentou.
Num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre os resultados do Conselho Europeu extraordinário da semana passada em Bruxelas, consagrado à competitividade, Ursula von der Leyen apontou que a UE enfrentou, desde as últimas eleições europeias, em 2019, a crise da covid-19 e a guerra na Ucrânia, "com uma crise energética 'made in Russia'", que "poderiam ter-se transformado numa crise económica e social dramática", com muitos a vaticinarem em 2020 "desemprego em massa na Europa e uma longa recessão".
"Mas tal não aconteceu, e isso deveu-se à grande resiliência da Europa, mas também ao facto de termos posto em prática as políticas certas. Como o [programa] SURE, que salvou 40 milhões de empregos europeus, ou o 'NextGenerationEU' e o 'REPowerEU', que aceleraram a recuperação e a implantação de energias renováveis de origem nacional", argumentou, elencando algumas das grandes iniciativas empreendidas durante as crises.
Apontando que, ao contrário do que muitos antecipavam, hoje até há "mais pessoas a trabalhar do que em qualquer outro momento da história europeia", a presidente do executivo comunitário assinalou que "o desemprego atingiu o seu nível mais baixo de sempre, com menos de 6%, a taxa de emprego é a mais elevada de sempre, superior a 75%, e a inflação está agora próxima do objetivo de 2%".
"Passámos por uma situação extremamente difícil, mas, em muitos aspetos, saímos mais fortes do que há cinco anos", argumentou então, já em jeito de balanço, Ursula Von der Leyen, que se recandidata ao cargo, sendo a candidata principal ('spitzenkadidat') da maior família política europeia, o Partido Popular Europeu (PPE).
Von der Leyen ressalvou, contudo, que "as ondas de choque destas crises afetaram a competitividade da Europa", até porque "o modelo de negócio de muitas indústrias europeias baseava-se na energia supostamente barata da Rússia e no comércio com uma China em crescimento", sendo que atualmente a Europa lida com "uma Rússia desonesta e uma China com dificuldades na procura interna".
Por essa razão, prosseguiu, a "recuperação da vantagem competitiva" da UE "deve estar no centro da agenda económica da Europa em 2024 e nos anos seguintes", razão pela qual foi importante o Conselho Europeu da semana passada, durante o qual os 27 discutiram o mercado único europeu.
"Estou absolutamente convencida de que, com o impulso necessário, podemos dar início a uma nova vaga de competitividade europeia [...] Os últimos cinco anos ensinaram-nos algo: surpreendemos repetidas vezes os céticos e desafiámos os pessimistas. Porque para uma Europa forte, se há vontade, há um caminho. E o nosso continente continuará a ser o coração pulsante da indústria e da inovação a nível mundial", concluiu.
O Parlamento Europeu está a realizar na cidade francesa de Estrasburgo a sessão plenária de encerramento da atual legislatura, só voltando a reunir-se em julho, já depois das eleições europeias de junho que definirão o próximo ciclo institucional.
Nesta derradeira sessão da legislatura 2019-2024, que decorre até quinta-feira, os eurodeputados têm uma agenda extremamente preenchida, para tentar 'fechar' o maior número possível de dossiês, devendo votar 89 textos legislativos -- um recorde para uma só sessão, de acordo com a assembleia, superando os 76 da anterior sessão de encerramento (2019) -- e ainda sete resoluções, além de vários debates no hemiciclo.
A próxima sessão do Parlamento Europeu em Estrasburgo decorrerá dentro de aproximadamente três meses, entre 16 e 19 de julho, e será a sessão constitutiva da legislatura 2024-2029, em função dos resultados das eleições europeias agendadas para o período entre 06 e 09 de junho nos 27 Estados-membros.
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