Presidente da Comissão Europeia considera que esta é uma "batalha pela dignidade humana".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu esta segunda-feira que a União Europeia e os Estados-membros vão continuar a lutar pelo desenvolvimento global, considerando que esta é uma "batalha pela dignidade humana".
Num discurso proferido na abertura da 4.ª Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, a decorrer esta segunda-feira em Sevilha, Espanha, a responsável pelo executivo comunitário admitiu que ainda se está longe de alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável assumidos há 10 anos.
Este atraso é justificado, "em grande parte, porque o financiamento para o desenvolvimento continua a ser claramente insuficiente", disse Von der Leyen, assumido, no entanto, uma nova promessa.
"Hoje, desta tribuna, quero enviar uma mensagem clara e contundente: A União Europeia continuará a lutar. Nunca desistiremos", assegurou.
"A União Europeia e os seus Estados-membros continuarão a liderar esta batalha pela dignidade humana e pelo planeta", acrescentou a presidente da Comissão Europeia.
De acordo com a líder da UE, o bloco fornece 42% da ajuda global ao desenvolvimento, num total de 95,9 mil milhões de euros em 2023.
"Estima-se que mais de 300 mil milhões de dólares [cerca de 255 mil milhões de euros] em dívidas tenham sido reestruturados ou cancelados pelos países da União Europeia no Clube de Paris", disse Úrsula Von der Leyen, referindo-se à instituição informal constituída por 22 países para ajudar financeiramente países com dificuldades económicas.
"O nosso compromisso é firme" e "é por isso que trabalhamos, lado a lado, com todos vós, para promover o Compromisso de Sevilha", sublinhou, adiantando que o novo acordo servirá para mostrar o caminho a seguir nos próximos anos.
"Um caminho de desenvolvimento que não dependerá apenas da quantidade, mas também da qualidade dos mecanismos de ajuda. Um caminho que fortalece as estratégias e os recursos nacionais com uma maior e mais eficiente cobrança de impostos. Um caminho que envolve mais e melhor o setor privado, e que estabelece as bases para otimizar os mecanismos de abordagem do problema da dívida", defendeu.
A presidente da Comissão Europeia considerou ainda que o novo caminho deve também incluir "uma arquitetura financeira internacional mais justa, inclusiva e adaptada aos desafios atuais".
"O multilateralismo não está a atravessar o seu melhor momento, é certo. Mas ele perdura e está vivo. Hoje, aqui, estamos a demonstrá-lo. Mais uma vez", concluiu.
Ursula Von der Leyen já tinha sublinhado, no domingo, que considera as energias renováveis muito importantes enquanto ferramenta para combater a desigualdade, especialmente em África.
"Queremos triplicar a presença de energias renováveis nos próximos cinco anos e África é um continente privilegiado para isso devido às suas condições climáticas", afirmou.
A presidente da comissão reconheceu haver "falta de infraestruturas", mas disse que os empresários estão a ser apoiados "para reduzir o risco" e estão a ser incentivados a investir.
Segundo Von der Leyen, a transição energética e o crescimento das energias renováveis são uma oportunidade para gerar emprego e facilitar às comunidades excluídas o acesso à eletricidade.
Mais de 60 líderes mundiais e 4.000 representantes da sociedade civil estão hoje reunidos em Sevilha para relançar a ajuda ao desenvolvimento, que tem atualmente um défice de quatro biliões de dólares anuais (cerca de 3,4 biliões de euros), segundo a ONU.
O evento decorre 10 anos depois do anterior, na Etiópia, em 2015.
O "Compromisso de Sevilha" já foi negociado no seio da ONU e será formalmente adotado esta semana.
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