Assunto já suscitou preocupação na Noruega e na Dinamarca e estes países estão já a tomar medidas para "isolar a informação" transmitida pelos referidos autocarros.
O fabricante chinês de autocarros Yutong garantiu esta terça-feira que ninguém pode aceder aos dados dos autocarros sem autorização dos clientes, que não é possível guiar os autocarros remotamente e que os dados estão alojados na União Europeia (UE).
"Ninguém pode aceder ilegitimamente ou visualizar os dados sem a autorização dos clientes [empresas de viação]. A Yutong cumpre estritamente as leis de proteção de dados e regulamentos", pode ler-se num comunicado a que a Lusa teve acesso.
De acordo com o fabricante chinês de autocarros, que tem presença em Portugal na FlixBus e em municípios como Guimarães ou nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto através da Guimabus, Carris Metropolitana e Unir, respetivamente, "os terminais de dados dos veículos Yutong na UE são armazenados no centro de dados da AWS [Amazon Web Services] em Frankfurt, na Europa".
"Os clientes podem iniciar sessão no sistema através de contas privadas para gerir a frota. Sem autorização dos clientes, ninguém pode aceder ou operar o sistema. Os veículos da Yutong na Europa não suportam o controlo remoto de aceleração, direção ou travagem", assegura.
A empresa chinesa diz ainda que os dados "são usados para manutenção relacionada com os veículos, otimização e melhorias para ir ao encontro dos serviço pós-venda dos clientes", sendo "protegidos através de encrpitação no armazenamento e controlo de acesso".
A Yutong refere que os seus veículos a operar na Europa apenas possibilitam o controlo remoto dos clientes "para necessidades de conforto, como a calendarização do serviço de ar condicionado".
Em termos de cibersegurança, a Yutong afirma ainda cumprir com as normas UN R155 de cibersegurança, UN R156 de atualização de 'software', ISO 27001 de gestão da segurança de informação e ISO 27701 de privacidade da informação.
"Estes regulamentos estabelecem padrões unificados para a cibersegurança dos veículos e dos sistemas de gestão da cibersegurança", refere, apontando que obteve certificações internacionais de cumprimento da referidas normas, estabelecidas pela Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) e da Organização Internacional de Normalização (ISO) e da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC).
A segurança tecnológica e a proteção de dados foram "prioridades centrais" no desenvolvimento das especificações do procedimento de contratação pública de 35 autocarros para os Transportes Urbanos de Braga (TUB) à fabricante chinesa Yutong, assegurou hoje o município.
Em comunicado, o município refere que o caderno de encargos estabelece "regras rigorosas que impedem qualquer forma de acesso remoto não autorizado às viaturas e garante que toda a informação extraída das mesmas é propriedade exclusiva da entidade adjudicante, incluindo dados recolhidos através da caixa negra".
"Além disso, o contrato fixa a obrigatoriedade de cumprimento da legislação relativa à proteção de dados, nomeadamente o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), e limita a tecnologia embarcada ao estritamente necessário para a operação, nomeadamente sistemas de comunicação, CCTV, informação ao passageiro e diagnóstico, maioritariamente fornecidos por empresas europeias e nacionais", acrescenta.
Na reunião do executivo de segunda-feira, o vereador da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, levantou a questão, dando conta de notícias internacionais que levantam dúvidas sobre alegadas falhas de cibersegurança associadas a veículos daquele fabricante.
Lembrou que o assunto já suscitou preocupação na Noruega e na Dinamarca e que estes países estão já a tomar medidas para "isolar a informação" transmitida pelos referidos autocarros.
Já o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, afirmou esta terça-feira estar tranquilo com as garantias de segurança transmitidas pela empresa que forneceu os autocarros chineses que asseguram, desde setembro, o serviço de transportes da cidade, face às notícias de alegadas falhas de cibersegurança.
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