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Carlos Rodrigues

Carlos Rodrigues

Diretor

Bilhete Postal

14 de agosto de 2024 às 00:32

É bem evidente que a saúde precisa de um pacto de regime. Se há área que deve ser poupada à guerrilha partidária é esta, porque joga com o que mais fundo há na humanidade. O problema é que reconhecer esta necessidade é meio caminho andado para tornar impossível que assim aconteça. Ou seja, como é uma área claramente impactante para os portugueses, será sempre muito difícil aos partidos fugirem à tentação de fazer pequena mercearia de promessas, cobranças e outros atos eleitoralmente motivados.

Sejamos claros: com um Governo sem maioria absoluta no Parlamento, a caminho de eleições autárquicas que serão decisivas para avaliar a força e o desempenho de todas as lideranças políticas, e com o posterior duelo presidencial à vista, será cada vez mais difícil encontrar áreas em que os partidos se possam entender, ou encontrar um chão minimamente comum. Basta observar a satisfação que os dirigentes do PS encontram no facto de terem conseguido colocar a crise das urgências no meio do debate político em pleno mês de agosto para perceber como a tentação da chicana e da pequena guerrilha chega a todas as matérias, a começar pelas chamadas matérias de regime. O apelo de Marcelo a um pacto na saúde é louvável. Porém, cabe ao Governo resolver a crise. Querer que a oposição se responsabilize pelo problema é mera retórica presidencial.

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