Acácio Pereira
Presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEFÉ muito duvidoso que a estratégia de Passos Coelho de aproximação às causas do Chega – ou seja: aos falsos problemas e às mentiras do Chega – seja útil para os seus propósitos políticos, sejam eles a candidatura a Presidente da República ou à sucessão a Luís Montenegro na liderança do PSD. Quanto a esta última, é uma coisa que não se faz: Montenegro ganhou eleições e iniciou a legislatura como primeiro-ministro. E tanto para este fim como para Belém, afasta o eleitorado do centro e compromete as suas próprias aspirações. O pior, porém, são os danos nacionais que Passos Coelho provoca. A ligação que fez na campanha no Algarve entre imigração e segurança é, para além de falsa, contraditória com as políticas de integração que fazem falta a um país que precisa de imigrantes. As afirmações reacionárias que fez sobre a família e o papel da mulher não só prejudicam a necessária afirmação feminina na sociedade, como são indignas de um ex-presidente do PSD, uma vez que apoucam a memória da vida pessoal de Sá Carneiro. Tudo mau. Luís Montenegro precisava de tudo menos disto para a conquista do eleitorado do centro que iniciou com o “não é não”.
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