O arranque da nova época será inevitavelmente acompanhado pelo manto de suspeição lançado no final do campeonato. O título conquistado pelos encarnados foi associado pelos rivais a determinados "favores" que Pinto da Costa fez questão de denunciar: o Benfica beneficiou de sete pontos por erros dos árbitros e por isso ganhou a liga.
Assente nesta narrativa, que o FC Porto mantém viva, tornou-se prioritário promover a alteração do modelo de gestão do setor e avançar com a proposta do sorteio. O sentimento de suspeição levou os clubes a darem esse passo. Mas também será por causa de certas suspeitas que deverá ser dado um passo atrás na AG de hoje da FPF.
Soma-se um ato eleitoral na Liga onde surge como candidato Pedro Proença. À margem da contradição de ter entre os seus proponentes o FC Porto e o Sporting (apologistas do sorteio), o facto de se tratar de um ex-árbitro cria no imaginário do "meio" uma maliciosa desconfiança que acaba por desvalorizar os méritos de Proença. Nada a fazer. É o futebol que temos, onde prevalece a ideia de que só ganha quem tem a arbitragem "na mão".
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