António Costa tinha um sonho: chegar ao governo, comprar as esquerdas, esconder a 'austeridade' (em cativações e impostos indirectos) e contentar o eleitorado com a devolução de rendimentos. No fim desta estrada, estaria a maioria absoluta. Se juntarmos ao pacote um Presidente manso e uma oposição desdentada, a viagem seria tranquila.
Infelizmente, uma tragédia sem nome por incúria do Estado fez descarrilar a carruagem. E o Presidente, para não morrer soterrado, saltou a tempo e horas - e culpou directamente o maquinista.
Agora, com o sonho em perigo, António Costa entende que só há uma forma de compensar os estragos: inaugurar uma guerra com Belém para arregimentar as suas tropas e ameaçar a popularidade de Marcelo.
Não vale a pena elaborar sobre a estratégia de Costa. Excepto para dizer que esta guerra dos tronos é a melhor notícia para a direita em dois anos de vida amarga.
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