João Pereira Coutinho

Penas pesadas

29 de outubro de 2017 às 00:30
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Violência doméstica é crime grave. Mas que dizer da violência laboral que levou a juíza Maria Luísa Arantes a assinar o acórdão da Relação do Porto sem o ler? Foi excesso de trabalho, diz a imprensa.

Não duvido. E, para além do trabalho, terá lido na diagonal por confiar em demasia no discernimento do colega. Resultado: choque e abatimento.

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Longe de mim seguir os métodos de Neto de Moura e transformar a vítima em culpada.

Embora, aqui entre nós, não sei o que será mais perturbante: não ler um acórdão e assiná-lo ou assumir esse lapso perante terceiros. Inclino-me para a segunda hipótese.

Sem falar do resto: confiança total nas decisões de Neto de Moura só mostra que esta não foi a primeira sentença que a dra. Arantes não leu.

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Eu, se fosse a juíza, mudava de vida e começava a ler qualquer coisinha. Levar com uma moca dói. Mas há penas alheias que esmagam muito mais.

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