Rebentou mais uma polémica com a ‘gestão política’ de Pedrógão Grande. Informa o ‘Expresso’ que a lista ‘oficial’ dos mortos esqueceu-se das vítimas indirectas. Uma delas, atropelada quando fugia das chamas, não conta para as estatísticas.
É um belo raciocínio. Para o Governo, as vítimas indirectas acabariam sempre por morrer naquele dia mesmo que não houvesse incêndio. Quem disse que só o material militar roubado tinha prazo de validade?
Claro que este raciocínio não convence a oposição. Mas eu aconselhava calma ao dr. Costa: primeiro, encomendava uma sondagem para medir a popularidade da sua pessoa; depois, com os resultados na mão, era só acertar o número final da tragédia. Com sorte, os portugueses continuavam a declarar o seu apoio fanático ao grande líder – e o país descobria, aliviado e em festa, que Pedrógão Grande era como Tancos: fumo sem fogo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt