Finalizadas as eleições com a contagem dos votos dos emigrantes, o peso dos partidos na Assembleia da República ficou estabelecido. Os 91 deputados da AD (89 do PSD e 2 do CDS) e os 9 da IL, no total de 100, não chegam para uma maioria absoluta, que é de 116 deputados. Mas a IL, ainda antes de contados os círculos de fora do país, apercebeu-se da sua indispensabilidade para uma maioria de dois terços, no total de 154 deputados, necessária para uma revisão constitucional e para a nomeação de alguns altos cargos. Somados os 91 deputados da AD, os 60 do Chega e os 9 da IL dá 160. A IL, que teve uma subida pífia, dava uma prova de vida: «Olhem para mim que sou precisa para uma supermaioria de direita!». O Chega reparou na mesma coisa um pouco depois (é mais lento a fazer contas), mas a AD não reparou nem quer reparar. Confrontado com uma hipotética revisão da Constituição, o indigitado primeiro-ministro Luís Montenegro disse, por palavras suas, aquilo que um dia um líder do PS tinha dito noutras circunstâncias: «Qual é a pressa?» Atirou o assunto para as calendas gregas. E a IL ficou um tanto inútil.
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