A caixa só me entrou em casa em 1967, com a visita de Paulo VI. Devo-lhe as séries que alimentaram a minha infância: ‘Bonanza’, ‘Missão Impossível’, ‘Os Pequenos Vagabundos’. Havia o ‘TV Rural’, de Sousa Veloso, o ‘Se Bem me Lembro’, de Vitorino Nemésio. O País parava para ver os festivais da Eurovisão.
Depois vieram as ‘Conversas em Família’ de Marcello e o ‘Zip Zip’. José Hermano Saraiva converteu-me à História com ‘O Tempo e a Alma’. António Lopes Ribeiro terminava o ‘Museu do Cinema’ incitando o maestro António Melo, que acompanhava os filmes mudos ao piano: “Diga boa-noite, maestro.” E ele respondia sempre: “Boa nôte.”
Pelo Natal todos se sentiam embaraçados com o ‘Adeus, até ao meu regresso’ dos soldados em África. No dia 25 de Abril de 1974, Fialho Gouveia e Fernando Balsinha apresentaram o telejornal de camisa aberta. Tinha começado outra era na TV.
No novo regime, chegaram as telenovelas brasileiras (‘Gabriela’) e portuguesas (‘Vila Faia’), o concurso da Cornélia, o ‘Tal & Qual’ de Joaquim Letria, os programas de Júlio Isidro, ‘O Tal Canal’ de Herman José, o ‘1,2,3’ de Carlos Cruz. Em 1983, por causa de umas maminhas ao léu no filme ‘Pato com Laranja’ rolou a cabeça do director de programas.
A TV mudou. O mundo também
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