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Eduardo Dâmaso

Eduardo Dâmaso

Jornalista

A máfia do sangue e o jornalismo

17 de dezembro de 2016 às 00:32

Uma fotografia bastou para desatar um novelo que chegou às detenções desta semana no processo conhecido por ‘Máfia do Sangue’. Foi no dia 21 de fevereiro de 2013 que o País ficou a saber que Sócrates trabalhava para a Octapharma. O ex-primeiro-ministro aparecia nas fotografias de uma reunião entre o patrão da multinacional farmacêutica e o ministro da Saúde do Brasil.

Dessa fotografia, o CM partiu para uma investigação que desmontou as teias de interesses instalados em torno do negócio do sangue. Contámos quem é Lalanda de Castro, o que é a Octapharma, o que tinha recebido o alto funcionário da Saúde Cunha Ribeiro, o que lucrava aquela empresa com o negócio do sangue. Foi tudo em 2013, antes de qualquer processo judicial.

Fomos censurados por jornalistas e comentadores por ‘perseguirmos’ Sócrates através da Octapharma. Fomos censurados pela iníqua Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), processados pela Octapharma e por Sócrates.

O tempo provou que estávamos no caminho certo e a fazer uma boa investigação. Mais tarde houve outros profissionais (poucos) que se juntaram a nós, mas quando se prepara um congresso seria bom que os jornalistas fizessem um exame de consciência sobre a capacidade que têm hoje de escolher a defesa do interesse público.

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