A Comissão de Inquérito à TAP não está a correr nada bem ao Governo, que andará por esta hora a questionar-se se não teria sido melhor o PS tê-la inviabilizado. É certo que ainda estamos longe de saber tudo, sobretudo de saber o que e que cada um sabia, mas daquilo que se vai conhecendo fica claro que muita gente sabia mais do que dizia saber.
Já se ouviram coisas espantosas e explicações extraordinárias, como aquela do ministro Galamba dizer que a TAP pediu para participar numa reunião secreta do grupo parlamentar socialista, destinada a preparar a audição de Christine. Se a presença da CEO no encontro, em vésperas da sua audição, é reprovável, uma dúvida ficou por esclarecer: se a reunião era secreta, como havia a TAP saber dela?
Apenas mais uma trapalhada de um Executivo que está mais perto de descarrilar do que de entrar nos eixos. O cenário de uma eventual dissolução do Parlamento e convocação de eleições antecipadas não é tão irrealista quanto isso, mesmo tratando-se de um Governo com maioria absoluta.Acredito que Marcelo tem matutado no assunto, mas falta-lhe um PSD suficientemente forte para dar o passo em frente. A estratégia pouco combativa - e por vezes desfocada - de Montenegro não ajuda. Se o PSD quer regressar ao poder tem de refletir, e depressa, sobre o que está a falhar. Caso contrário, outros vão continuando a ocupar o seu espaço.
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