A sucessão de investigações judiciais na área da Defesa permanece imparável. Nesta edição, o jornalista António Sérgio Azenha conta-nos mais uma história de suspeitas de administração danosa e participação económica em negócio. Afinal, dois dos crimes que, habitualmente, são uma espécie de porta de entrada na caverna da corrupção, metáfora moderna da caverna de Ali-Babá. Mais uma vez, a contratação pública na mira, com a renegociação bizarra, pelos valores, do contrato de manutenção dos helicópteros EH-101, utilizados em missões de busca e salvamento. Mais uma vez, João Gomes Cravinho, enquanto ministro da Defesa, a assinar os despachos que autorizam o negócio para privados. Mais uma vez, demasiado dinheiro a correr de forma opaca nas mãos de alguns dos mesmos protagonistas que adoravam fazer de “putas” na ‘Tempestade Perfeita’. Com grave ofensa para estas profissionais, que não estão picadas pelo veneno da cupidez e da venalidade. Mais uma vez, a evidência de que, no combate à corrupção, só está mesmo a funcionar a repressão, sobretudo protagonizada pela PJ e por alguns setores do MP. Mais uma vez, o que não está mesmo a funcionar é aquela coisa, legislada com pompa e circunstância pelo anterior Governo do PS, chamada Mecanismo Nacional Anticorrupção (Menac) e que, até ver, não serve para nada. Aliás, onde pára o dito Menac?
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