Carlos Moedas mentiu com os dentes todos quando disse que o então ministro Jorge Coelho se demitiu porque teria sido avisado dos problemas de manutenção da ponte de Entre-os-Rios. Jorge Coelho demitiu-se na madrugada dessa noite terrível de 4 para 5 de março, assumindo a responsabilidade política de forma cristalina e elementar. O que Moedas disse é uma obscena ofensa à memória de pessoa falecida e mostra uma completa ausência de carácter. Mostra uma enorme falta de escrúpulos na ânsia de reescrever a memória e o passado. O que aconteceu mais tarde foi outra coisa. Foram reveladas vistorias ao estado dos alicerces de várias pontes secundárias que eram provas concludentes de uma imperdoável negligência por parte dos sucessivos Governos do PSD. Tinham estado escondidas. A euforia do betão, das inaugurações das autoestradas, de um ambiente generalizado de autossatisfação com as grandes obras públicas, simbolizadas no perfil ‘fazedor’ do ministro Ferreira do Amaral, construído pela propaganda político-mediática, fez com que fosse ignorada a rede de estradas secundárias e pontes. Quando chegamos à tragédia de Entre-os-Rios o risco era brutal um pouco por todo o País. A fatura do desinvestimento e da ocultação dos alertas foi toda paga pelas vítimas da queda da Ponte Hintze Ribeiro. E Jorge Coelho não teve nada a ver com isso. Tem tudo a assinatura dos Governos da década dourada de Cavaco.
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