Novo Presidente atento ao Orçamento de 2016
Chefe de Estado eleito ouve Governo e Banco de Portugal.
O Orçamento do Estado (OE) para 2016 é uma das prioridades do Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, que tem recebido no Palácio de Queluz vários membros do Governo. Na terça-feira, falou duas horas e meia com o primeiro-ministro, António Costa.
Ao que o CM apurou, o Presidente eleito precisa de ter todos os dados sobre os dossiês que vai ter em cima da mesa mal tome posse. E, a partir de dia 24 de março, terá o OE para promulgar. Por isso, está a tentar conhecer os dossiês de antemão até à posse, a 9 de março. Apesar de António Costa ter dito aos jornalistas que o Orçamento não foi o assunto prioritário, o tema é incontornável.
O CM sabe que Marcelo Rebelo de Sousa tem as contas públicas como preocupação, até porque este será o primeiro documento que irá avaliar. Esta semana, o presidente eleito recebeu também Mário Centeno, ministro das Finanças, para recolher dados sobre a situação financeira do País e, ontem, após o encontro com Costa, Marcelo esteve reunido com o governador do Banco de Portugal. A ideia de que o novo Presidente estará apreensivo com a estabilidade financeira não está em cima da mesa.
As reuniões antecedem o debate no Parlamento sobre o OE, numa altura em que PS e PSD preparam o confronto político com jornadas parlamentares. No PSD, a convicção de vários deputados é a de que o partido vai votar. O CM sabe que não há decisão tomada, mas está afastada qualquer hipótese de voto a favor e o cenário de abstenção é longínquo. "Seria no mínimo estranho que o Governo liderado pelo PSD fosse derrubado pelo PS e que nós tivéssemos que servir de muleta à governação do PS", avisou o vice-presidente do PSD Matos Correia, à Renascença. Carlos Carreiras, também vice-presidente do parido, considera que a ideia de apelo ao consenso de António Costa revela "descaramento" ou "desespero".
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