Rui Rio critica "degradação" da Justiça e "investigação-espetáculo" ao falar da decisão instrutória do caso Marquês
Presidente do PSD apelou a reforma na Justiça portuguesa.
Rui Rio falou esta segunda-feira sobre a decisão instrutória da Operação Marquês, na qual o juiz Ivo Rose deixou cair 25 dos 31 crimes que o Ministério Público imputava a José Sócrates. O presidente do PSD criticou "a opção que a Justiça tomou ao renunciar à adequada descrição que lhe exige e a optar por seguir o caminho da investigação-espetáculo" e que "levou a que dificilmente as decisões judiciais a proferir por quem de direito, não viessem a ser alvo de um generalizado escrutínio popular".
Rio criticou as "violações do segredo de justiça" e "intoxicação da opinião pública" neste caso, "e em muitos outros processos", apontando que, perate esta realidade a Justiça "tritura-se em si própria" e resulta no seu descrétido.
"O regime está doente, muito doente, a Justiça é o seu pior exemplo", considerou.
O PSD, afirmou o presidente do partido, recusa "cavalgar o clima político" após a decisão, recusando "demagogia".
O partido, no entanto, "não renuncia" que a "reforma da Justiça é a primeira que Portugal tem que fazer", considerando o atual sistema "ineficaz" e "inaceitável".
Rui Rio lamenou a "degradação lenta e perigosa", referindo no entanto, os "graves crimes de falsificação de documentos e branquamento de capitais", de que o antigo primeiro-ministro José Sócrates está pronunciado.
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