Paulo Raimundo diz que o PCP "nunca faltará para dar contributos positivos" sem excluir eventual geringonça
Secretário-geral acredita no crescimento do partido "no número de votos e de deputados".
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, disse esta segunda-feira que o partido "nunca faltará para dar contributos positivos" e apelou a que não peçam aos comunistas "para mudar de opinião e de caminho", sem dar uma resposta definitiva sobre um eventual acordo de incidência parlamentar com o PS.
Numa entrevista à CMTV, o líder comunista abordou a queda do Governo chefiado por António Costa. "Com maioria absoluta e excedente orçamental, o PS desbaratou a maioria, as condições e o Governo. A política adotada não deu resposta aos problemas nos salários, na saúde e na habitação", atirou.
Questionado sobre as críticas do presidente do PSD à hipótese de uma reedição da 'geringonça', Paulo Raimundo acusou Luís Montenegro de estar "apostado em ultrapassar a direita pela direita".
O comunista criticou as propostas dos sociais-democratas relativas ao aumento de pensões. "As pessoas não se esqueceram do voto do PSD sobre as pensões. Estamos numa fase que parece a Black Friday das promessas", vincou.
A vitória do PSD é, no entanto, "um cenário que não se vai colocar" nas eleições legislativas agendadas para 10 de março de 2024, na visão do secretário-geral do PCP.
Paulo Raimundo acredita no crescimento do partido "no número de votos e de deputados", sem adiantar por que círculo eleitoral será "cabeça de lista". "Ainda estamos a discutir", explicou.
O objetivo dos comunistas passa por "recuperar os cinco mandatos perdidos" nas últimas eleições.
Sobre a demissão de António Costa, motivada pela investigação do Supremo Tribunal de Justiça ao primeiro-ministro, Paulo Raimundo pediu apenas "que seja tudo clarificado dentro do tempo da justiça", mesmo que tal não aconteça antes das eleições.
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