Mariana Mortágua critica "campanha da extrema-direita" sobre caso da renda da avó

Coordenadora do BE refere que a situação "vai mostrar o embaraço dos defensores de uma lei das rendas que foi cruel".

22 de fevereiro de 2024 às 15:12
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A coordenadora do BE recusou esta quinta-feira "alinhar na campanha da extrema-direita" e reafirmou que as suas declarações são verdadeiras, alegando que a renda da sua avó poderia ter saltado caso a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da "lei Cristas".

Mariana Mortágua aproveitou a sua intervenção num almoço com ativistas laborais que apoiam a candidatura do BE às próximas eleições de 10 de março para fazer uma "referência lateral" sobre a notícia da revista Sábado desta quinta-feira sobre a renda que paga a avó da coordenadora bloquista.

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"Só alinha na campanha de extrema-direita quem tem mesmo muita vontade de alinhar em campanhas da extrema-direita. O que eu disse e mantive é que a minha avó viveu 69 anos na mesma casa. Tinha 80 anos quando descobriu que aos 85 a sua renda podia saltar. Artigos 35 e 36 da lei", reiterou.

Segundo a líder bloquista, esse aumento das rendas "teria acontecido se a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da lei Cristas", ou seja, a lei das rendas.

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"E nenhum facto me desmente pela simples razão de que tudo o que eu disse é verdade", enfatizou.

Na opinião de Mariana Mortágua, "a extrema-direita está hoje a fazer a sua segunda tentativa de intoxicação desta campanha eleitoral", sendo o tema a lei das rendas do PSD e do CDS "e a referência ao exemplo" da sua avó.

"Esta segunda tentativa da extrema-direita é tão ridícula como a primeira e vai ter o mesmo destino: vai mostrar o embaraço dos defensores de uma lei das rendas que foi cruel, que atacou as pessoas e que estes partidos de direita querem voltar a aplicar, querem voltar a reinstituir", criticou.

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A coordenadora do BE deixou um aviso: "convençam-se de uma coisa. Nós estamos aqui para defender as avós, os idosos, para defender toda a gente que foi atacada por aquela lei cruel e para defender o direito à habitação".

A luta pelo direito à habitação, de acordo com Mortágua, será feita "com a mesma garra, a mesma determinação" da luta pelo direito do trabalho.

"E sabemos que incomodamos, mas cá estamos para fazer essa luta sem vacilar um segundo", enfatizou.

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