PS diz que Portugal "está pior" e acusa Governo de "retrocesso deliberado"
Para a deputada do PS, "este é o retrocesso deliberado de um Governo que decide piorar ainda mais a vida dos portugueses".
O PS acusou esta quarta-feira o Governo de "retrocesso deliberado" que agrava ainda mais a vida dos portugueses, considerando que naquilo que importa "Portugal está mesmo pior" e que os "estadistas prometidos", como Luís Montenegro, são "afinal falsos profetas".
Nas declarações políticas que decorrem esta tarde na Comissão Permanente da Assembleia da República, a deputada e secretária-geral da Juventude Socialista, Sofia Pereira, interveio para fazer, segundo disse, "um teste do algodão" à governação do PSD/CDS-PP.
"Ouvir as intervenções do PSD e CDS nesta casa, quase nos fazem crer que Luís Montenegro e Hugo Soares são os nossos estadistas prometidos. Uma espécie de D. Sebastião, que, vindos do nevoeiro que nos assombrava, resgataram, de forma abnegada, o país para o caminho do desenvolvimento", ironizou.
Sofia Pereira fez um conjunto de perguntas, comparando a situação atual com aquela que existia na governação socialista sobre temas como as propinas, o alojamento local, o luto gestacional e os contratos a prazo ou contratação coletiva, entre outras questões laborais.
"Cada uma destas perguntas tem a mesma resposta: infelizmente com vocês, com a vossa bancada, estamos cada vez piores. A vida está mais cara e este Governo escolhe sempre o mesmo caminho, agravar as suas vidas", criticou.
Para a deputada do PS, "este é o retrocesso deliberado de um Governo que decide piorar ainda mais a vida dos portugueses".
"Os vossos estadistas prometidos revelam-se afinal falsos profetas: anunciam uma redenção e entregaram retrocesso, prometeram luz e trouxeram escuridão, falaram em futuro, mas o que nos devolvem é o passado", condenou.
A agenda do Governo liderado por Luís Montenegro, segundo Sofia Pereira, é "regredir para beneficiar poucos, sempre a rir-se de quem paga o preço".
"No que verdadeiramente importa, Portugal está mesmo pior infelizmente. E não há farol nem nevoeiro que vos esconda essa responsabilidade todos os dias", lamentou.
Pelo Livre, Isabel Mendes Lopes referiu-se ao acidente do elevador da Glória, em Lisboa, reiterando o pesar e solidariedade do partido e também o "agradecimento sentido" a todos os profissionais que trabalharam nesta tragédia.
Aguardando pelo relatório das causas do acidente e recusando especular sobre o caso em concreto, Isabel Mendes Lopes focou-se na necessidade de haver uma "administração pública robusta, capacitada, resiliente e motivada".
"Sabemos hoje que o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e Acidentes Ferroviários tem apenas um investigador designado para poder fazer a perícia do acidente do elevador da Glória e que há meses pediu ao Governo que se abrisse uma vaga para um segundo investigador, ainda sem resposta", exemplificou.
Para o Livre, "a falta de recursos e a dificuldade em reter quadros especializados são queixas constantes das entidades públicas", sendo "um problema real que afeta depois todo o funcionamento do país".
"O funcionamento e a segurança dos sistemas depende sempre das pessoas que nele trabalham, do conhecimento que têm e dos meios que têm à sua disposição", referiu, lamentando que ao longo dos últimos anos se esteja a assistir "a uma descapitalização do Estado no que toca aos seus trabalhadores e, sobretudo, à capacidade de produção, retenção, transferência e partilha de conhecimento".
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