Leitão Amaro avisa que não estão a ser feitos contactos para reatar diálogo com bombeiros sapadores

Ministros estiveram reunidos esta quinta-feira.

05 de dezembro de 2024 às 15:07
Leitão Amaro Foto: Pedro Catarino
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O Ministro da Presidência, António Leitão Amaro, justificou que o Governo de Luís Montenegro conseguiu aumentar a capacidade de resposta aos atendimentos dos imigrantes.

"É importante para trazer ordem e segurança. Ao tratarmos destes processos estamos a permitir saber 'quem são', 'o que fazem' e 'onde estão'", justificou.

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Segundo o ministro, o novo executivo tem contribuído para dar dignidade aos imigrantes.

A AIMA, de acordo com Leitão Amaro, está a atender cinco mil imigrantes por dia. "Multiplicar por seis é um feito notável", realçou, elogiando várias entidades, entre elas a própria AIMA.

"Passámos de 800 atendimentos por dia para 5.000, é uma grande capacidade de expansão", disse o ministro, explicando já foi possível atender 113 mil pessoas e que há mais 108 mil processos que foram rejeitados.

Leitão Amaro enfatizou o grande aumento de tratamento de pedidos de residência por dia, e disse que está a ser resolvido o "falhanço na dignidade" de quem fez o pedido há anos e, por outro lado há um reforço em termos de segurança, porque há uma identificação das pessoas.

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Os 108 mil casos rejeitados, disse, prendem-se essencialmente com não pagamentos, sendo que não é um valor final porque ainda poderá haver casos em que as pessoas, recebendo a notificação, poderão pagar.

Nas palavras do ministro a grande maioria destes processos deverá dizer respeito a pessoas que já não estão em Portugal, porque são pessoas que não pagaram a taxa que faz parte do processo.

Leitão Amaro disse que neste processo tem havido até casos de detenções, e explicou que a rejeição da autorização de residência resulta em presença ilegal.

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A lei não mudou, mas "agora há fiscalização, finalmente", salientou Leitão Amaro, recordando que o Governo está também a mudar as regras do retorno.

Negociações com os bombeiros

Leitão Amaro reiterou a informação avançada pelo Governo, que interrompeu as negociações com os Bombeiros Sapadores na sequência dos protestos violentos verificados na quarta-feira em Lisboa

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"Governo não negoceia nas condições verificadas. Estão suspensas [as negociações] e não estão a ser feitos contactos para as reatar", disse sobre a reunião com os bombeiros.

O ministro diz que "respeita muito" a manifestação, mas lembra que as negociações só acontecem se os protestos forem "ordeiros" e seguros. Dá ainda o exemplo de outros sindicatos (dos polícias aos enfermeiros) que tiveram um "comportamento de postura institucional serena e ordeira".

Quanto à escolha do futuro Chefe de Estado-Maior da Armada, Leitão Amaro remete para as declarações de Luís Montenegro, que disse que o processo está a ser tratado.

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