André Ventura diz que o Chega tem o "ADN de contestação" que Portugal precisa para se libertar da "mentira e corrupção"

Líder do Chega encerrou a 6.º Convenção Nacional do partido com um discurso de 50 minutos cheio de críticas à governação do PS.

14 de janeiro de 2024 às 16:58
André Ventura, líder do Chega Foto: Estela de Silva
André Ventura, líder do Chega Foto: Estela de Silva
André Ventura, líder do Chega Foto: Estela de Silva
André Ventura, líder do Chega Foto: Estela de Silva

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O líder do Chega, André Ventura, garantiu, este domingo, que o partido é o "caminho para derrotar o socialismo" e que é a alternativa de que Portugal precisa para escapar à "mentira e à corrupção" dos últimos anos de governação.  No encerramento da 6.ª Convenção Nacional do partido, num discurso de 50 minutos, Ventura começou por agradecer a todos os presentes e acabou deixando críticas ao Governo. Chega tem "ADN de contestação" e é aberto "àqueles que o procuram"André Ventura destacou a força disruptiva do Chega, mas assegurou que o partido nunca foi "fechado" e que abre portas àqueles que o procuram. Para reforçar a ideia, o presidente do Chega relembrou o número de deputados do PSD e do CDS-PP que foram integrados no partido, como Henrique de Freitas, Nuno Simões de Melo e António Pinto Pereira.

"Não deixarei que este espírito morra. Precisamente por sermos este partido aberto e por sermos a esperança que Portugal precisa (...) O Chega nunca foi um partido fechado", asseverou.

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"Muitos se juntarão, porque sabem que este é o caminho para derrotar o socialismo em Portugal. Nunca vendemos a nossa identidade, porque ela própria do nosso património, mas também sabemos que precisamos de muitos", afirmou.  

Apesar do fator de integração, garante que o "ADN de contestação do Chega" nunca irá desaparecer e que, por isso, o partido nunca se irá calar perante a injustiça.

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Crítica Pedro Nuno Santos

Para responder às declarações de Pedro Nuno Santos, André Ventura disse que o novo secretário-geral do PS é desmentido com o descontentamento dos trabalhadores e com as suas próprias ações.  Recorde-se que este domingo, Pedro Nuno Santos disse que o Chega mentia aos portugueses e que prometia medidas eram impossíveis de cumprir. 

"Disse que houve muitos avanços nas forças de segurança, mas os protestos desmentem isso (...) Caro Pedro Nuno Santos, a mentira e manipulação não têm lugar neste congresso, mas caem que nem uma luva em si e no PS que têm governado Portugal nos últimos anos", criticou.", vincou. 

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André Ventura relembrou ainda a polémica indemnização de 500 mil euros atribuída a Alexandra Reis que levou à demissão de Pedro Nuno Santos do cargo que ministro das Infraestruturas no início do ano passado.

"Que autoridade tem um homem que governava por WhatsApp e que fazia negociatas com o BE e o PCP para comprar ações do CTT e que acordou um dia a decidir a localização do aeroporto para ser desmentido pelo António Costa?", apontou. 

Diz que PS é "mentira e corrupção"

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Ventura acredita que o PS tenha caído pela corrupção. "A queda do PS é a queda de um vírus que se espalha na sociedade portuguesa mais do que se espalhou a Covid-19. Saiu Sócrates e anos depois veio António Costa, agora Pedro Nuno Santos. E chamam-nos a nós fascistas e radicais, não há moderação que impere no meu coração, exceto para dizer que sou absolutamente radical contra a corrupção", vincou.

Promete recuperar tempo de serviço dos professores 

André Ventura prometeu que, em quatro anos, vai recuperar o tempo de serviço dos professores que foi congelado no passado, considerando que o partido tem que "ser essa voz" porque o PS e PSD deixaram de o ser.

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"O compromisso - este é claro e vale ouro ao contrário de Pedro Nuno Santos - em quatro anos o Chega recuperará o tempo de serviço dos professores", comprometeu-se.

O líder do Chega disse saber "o que é estar do lado certo e do lado errado", considerando que o partido tem que "ser essa voz" na defesa dos professores "porque PS e PSD deixaram de ser".

Quer reverter Lei da Nacionalidade e extinção do SEF

Na próxima legislatura, Ventura diz querer reverter a Lei da Nacionalidade e também a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

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"Se vencermos as eleições, o Chega vai reverter a extinção do SEF levada a cabo pelo PS", explicou.

"E vamos reverter esta Lei da Nacionalidade para que ninguém possa entrar, estar ou ser português sem saber falar a língua e conhecer a cultura portuguesa", afirmou também.

Preparado para ser primeiro-ministro

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"Este é o nosso tempo, o nosso momento, o momento por que tanto esperámos. Estou preparado para ser primeiro-ministro de Portugal. Sinto-me tão pronto hoje como Sá Carneiro se sentia em 1979", disse André Ventura. 

O líder do Chega lembra que o partido "nasceu sem medo, com a força popular, sem nenhum interesse particular" e acredita que poderá desta vez vencer as legislativas a 10 de Março.

Para fechar o discurso, André Ventura apelou à participação do público e gritou: "Viva Viana, viva o Chega e Viva Portugal!".

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Reações

PSD

"É o populismo no seu estado mais inconsequente. O futuro não passa por aqui. O problema das pessoas resolve-se com seriedade, não com banha da cobra", destacou

Hugo Soares asseverou ainda que o PSD não conta com André Ventura para nada, nem para coligações pré e pós-eleitorais.

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"É falso que os imigrantes sejam um peso nas contas do Estado. Em 2022, as contribuições para a Segurança Social dos imigrantes foram de 1 800 milhões de euros e deram um saldo positivo à Segurança Social de 1 600 milhões de euros", revelou. 

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