António José Seguro defende que investimento em Defesa deve ser em tecnologia e servir outras áreas

No entender de Seguro, "já se gasta imenso em defesa no conjunto dos países da NATO e, designadamente, dos países europeus".

08 de julho de 2025 às 14:26
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O candidato a Presidente da República, António José Seguro, defendeu, esta terça-feira, que o investimento em Defesa deve privilegiar inovação e tecnologia que sirva também áreas como a economia, a proteção civil e a vigilância da zona económica exclusiva.

"O que se investe em Defesa tem que ter um retorno e tem que ter a capacidade de desenvolver um sistema científico nacional que sirva à Defesa, mas também sirva às outras áreas do país e ajude à criação de riqueza em Portugal", afirmou António José Seguro.

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Aludindo ao compromisso dos países membros da NATO em aumentar as despesas com a Defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), o candidato a Belém aconselhou "prudência" nos gastos, afirmando:"5% é muito dinheiro".

No entender de Seguro, "já se gasta imenso em defesa no conjunto dos países da NATO e, designadamente, dos países europeus, e o que é necessário é ter aqui também uma economia de escala".

No caso de Portugal, "antes de gastar mais, é preciso gastar melhor", disse, explicando que "cada euro que se investe em Defesa tem que ter um retorno e tem que ter a capacidade de desenvolver um sistema científico nacional que sirva à Defesa, mas também que sirva às outras áreas do país e ajude à criação de riqueza".

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Nas Caldas da Rainha, onde visitou a Tekever (empresa responsável pela construção de drones, aparelhos de vigilância e componentes para satélites), António José Seguro considerou tratar-se de um dos "exemplos de excelência que [o país] deve perseguir e que deve replicar".

A empresa, que entre outras missões fornece drones para a Ucrânia, é a prova de que se pode "investir em inovação e tecnologia no nosso país e que ela sirva à Defesa, mas simultaneamente também sirva a outras áreas, como a economia, a vigilância da zona económica exclusiva, a Proteção Civil, a vigilância dos incêndios", exemplificou.

Questionado, à margem da visita, sobre o facto de o PS remeter para depois das autárquicas o eventual apoio a um candidato presidencial Seguro escusou comentar quer este facto quer outras candidaturas, afirmando que o seu papel, como candidato da Presidente da República "é olhar para o país, mostrar os bons exemplos que o país tem, exemplos de excelência como este caso", da Tekever e, "chamar atenção" para os problemas em áreas como a saúde ou a habitação.

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A visita à empresa das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, foi integrada no Roteiro "País justo e de excelência" que o candidato está a desenvolver e que prosseguirá na quarta-feira com uma reunião com a estrutura de missão da extensão da Plataforma Continental, e na quinta-feira com uma visita a uma indústria farmacêutica portuguesa que produz medicamentos.

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