Costa quer Sócrates fora de jogo

É o congresso mais rápido da história do PS: apenas um dia e meio.

29 de novembro de 2014 às 09:15
António Costa, PS Foto: Manuel de Almeida / Lusa
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O XX Congresso do PS arranca hoje de manhã no Parque das Nações, em Lisboa, com uma mensagem muito clara aos delegados: o caso do ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS José Sócrates deve ficar à porta. O próprio líder do PS, António Costa, deverá cumprir nos discursos de abertura e encerramento este voto de silêncio.

Até ontem, com exceção de Mário Soares, as reações dos militantes têm sido de contenção, cumprindo a recomendação de Costa, segundo a qual "os sentimentos de solidariedade e de amizades pessoais não devem confundir a ação política do PS". Mas o ‘espectro’ de Sócrates paira sobre o congresso e o discurso de Manuel Alegre pode incendiar os ânimos.

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António Costa deve visitar José Sócrates na prisão?

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António Costa deve visitar José Sócrates na prisão?

A estratégia de Costa para o conclave é clara: unir o partido, definir uma estratégia alternativa ao Governo e trazer para o PS o contributo dos independentes.

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Para a união do partido, Costa deverá aceitar a lista de 96 nomes para os órgãos nacionais (21 para a Comissão Política e 75 para a Comissão Nacional) que os apoiantes de António José Seguro vão hoje apresentar, correspondente a 30% do total, ou seja a percentagem obtida pelo ex-líder nas diretas. Quanto aos independentes, pela primeira vez vão ter direito à palavra no congresso, é o caso do ex-reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, e do constitucionalista Reis Novais. A maior incógnita é saber se o líder do PS deixa entrar os principais rostos dos governos de Sócrates no núcleo duro, ou seja, no Secretariado.

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