Bloco de Esquerda e PCP aumentam pressão sobre Governo
Presidente da República acredita que “há condições para fechar o OE e tê-lo aprovado”.
A menos de duas semanas da votação na generalidade da proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2021, BE e PCP aumentam a pressão sobre o Executivo. “A bola está do lado do Governo”, afirma ao CM o líder parlamentar comunista, João Oliveira. “Se as nossas principais exigências não forem atendidas dificilmente viabilizaremos”, alerta fonte bloquista.
As negociações com os ex-parceiros da geringonça serão retomadas na próxima semana. “Para já não há novidades, o Governo não mostrou abertura para reivindicações essenciais como o aumento extra de 10 euros das pensões mais baixas já em janeiro, ou o alargamento do subsídio de risco a todos os serviços essenciais”, vinca João Oliveira.
“Se o Governo deixar o OE como está então aproxima-se da geometria do Orçamento Suplementar”, ou seja, o PCP vota contra, avisa o deputado do PCP. Do lado do BE, há quatro linhas vermelhas: proibição dos despedimentos, alargamento do apoio social extraordinário, SNS e impedir dinheiro público no Novo Banco. O PS confirma que estas “exigências não estão cumpridas, considerando que “as negociações com PCP estão mais estáveis”.
Novo Banco cria cisão entre PS e Catarina Martins
"Não faz sentido que OE continue a comprometer-se com dinheiro para o Novo Banco, sem uma auditoria. O ministro das Finanças diz que isso está no OE. Isso está por resolver", afirmou esta sexta-feira a líder do BE, Catarina Martins. As declarações surgem depois de o deputado do PS, João Paulo Correia, ter dito que as acusações de Catarina Martins "estão baseadas numa mentira e essa mentira tem de ser desfeita".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt