Novas buscas ao grupo BES
Suspeitas de fraude fiscal.
A Polícia Judiciária e o Ministério Público fazem esta quinta-feira dezenas de buscas no âmbito da investigação ao Grupo BES.
Ricardo Salgado é um dos visados desta investigação e deverá ser constituído arguido por burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
Há muitos outros alvos das buscas que pertencem à família Espirito Santo ou que estavam ligados à gestão do banco. Deverão ser constituídos vários arguidos. Não estão para já previstas detenções.
Nesta operação está envolvido o juiz Carlos Alexandre, que acompanha as buscas.
Equipa mista
A acção é realizada por uma equipa mista com procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal e investigadores da Policia Judiciária.
Está relacionada com o arresto dos bens, feito no final da semana passada.
Entre outro património da família Espírito Santo, foram confiscados prédios de luxo em Lisboa, resorts no Algarve, a casa de Cascais, a capela e a herdade da Comporta.
Este arresto foi feito pelo gabinete de recuperação de ativos da Polícia Judiciária e prevê a inversão do ónus da prova, ou seja, quem ficou sem bens terá de provar como tudo aconteceu.
Autónomo do caso Monte Branco
O processo é autónomo do caso Monte Branco, que no verão do ano passado levou à detenção de Ricardo Salgado e à aplicação de uma caução de três milhões de euros.
É um processo de maior envergadura. Em causa pode estar um buraco financeiro de sete mil milhões de euros.
Ao longo deste ano a investigação terá detetado que alguns dos visados tentaram ocultar ou desfazer-se de património, o que poderá determinar, nos próximos dias, outras medidas de coacção.
A operação desta quinta-feira tem também como objectivo o arresto de contas bancárias. As buscas tentam encontrar documentos relativos a contas no estrangeiro.
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