Candidata do PAN à Câmara de Almada quer acabar com imagem de "dormitório"de Lisboa
Apresentação oficial da candidatura de Marina Marques decorreu este domingo no Parque da Paz, em Almada, no distrito de Setúbal.
A candidata do PAN à Câmara de Almada, Marina Marques, disse este domingo que tem 156 medidas para transformar e "acabar com a imagem de Almada "como dormitório de Lisboa", defendendo políticas de mobilidade, habitação, segurança e desenvolvimento económico.
Em declarações à agência Lusa, Marina Marques, enumerou algumas das medidas, divididas por 15 eixos prioritários, destacando a habitação, a segurança e a requalificação de territórios estratégicos, como o da antiga Lisnave".
"Há também o Ginjal e a própria Costa da Caparica, territórios com grande valor, mas que estão ao abandono, faltando à Costa da Caparica dinamismo e vida", referiu a candidata do PAN à presidência da Câmara de Almada, no distrito de Setúbal.
Na habitação, a candidata, de 52 anos, natural e residente em Almada, defende "o reforço do investimento na construção e reabilitação de imóveis públicos, modelos habitacionais inovadores e o arrendamento indexado ao rendimento".
"É preciso igualmente reabilitar os espaços que estão ao abandono ou subutilizados para reconvertê-los em residências para jovens", referiu.
Segundo Mariana Marques, os bairros autoconstruídos "estão também entre as preocupações, porque têm afetado em muito o concelho, criando condições dignas para as pessoas que ali vivem".
"Sabemos que as pessoas não vão sair [dos bairros]. Vamos ter que enfrentar esse problema de forma humana, que passa pela sua reconversão em conjunto com o IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana]", realçou.
Com formação em Relações Internacionais, Marina Marques trabalha há 30 anos na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, no Campus de Almada, onde exerce o cargo de chefe da Divisão de Mobilidade e Internacionalização do Ensino.
Filiada no PAN desde 2015, é a atual porta-voz da distrital de Setúbal e da concelhia de Almada do partido, tendo integrado as listas concorrentes às legislativas deste ano, mas candidata-se pela primeira vez a órgãos autárquicos.
Para o desenvolvimento económico, Marina Marques defende a captação de investimento, "com a criação de um gabinete especializado de apoio ao investidor, visando desburocratizar os processos".
Marina Marques apontou ainda como prioridade para Almada, "o combate à insegurança, com medidas que impeçam que os crimes atinjam uma dimensão que possa ser difícil de gerir no futuro".
"No fundo é atuar de forma a dissuadir a delinquência, implementar sistemas de videovigilância na via pública e reforçar o policiamento de rua", enumerou.
Para a mobilidade e sustentabilidade ambiental, destacou "a melhoria dos transportes públicos para aliviar o trânsito, de forma a diminuir a poluição, promovendo a criação de espaços verdes e a preservação do património natural".
A gestão hídrica é outra das propostas do PAN, propondo "a requalificação da rede pública de distribuição de água e a modernização das Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
"O nosso objetivo é criar uma Almada mais verde, mais bonita, olhar para o bem-estar dos almadenses, porque, Almada tem de deixar de ser vista como o 'dormitório' de Lisboa", concluiu.
A apresentação oficial da candidatura de Marina Marques decorreu este domingo no Parque da Paz, em Almada, no distrito de Setúbal, com a presença da porta-voz do PAN, Inês Sousa Real.
A Câmara Municipal de Almada é atualmente liderada pela socialista Inês de Medeiros, que se recandidata à presidência da autarquia para um terceiro mandato.
O atual executivo é composto por cinco eleitos do PS, quatro da CDU, um do BE e um do PSD. Tanto em 2017 como em 2021, PS e PSD fizeram um acordo para formar uma maioria absoluta no executivo.
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