Carneiro diz que viabilização do Orçamento de Estado "é mais fácil" mas alerta para perdas para pensionistas
Secretário-geral do PS pediu "a maior atenção ao Governo" para uma "perda de rendimentos de forma duradoura para os pensionistas".
O líder do PS considerou este sábado que "é mais fácil" viabilizar o Orçamento do Estado porque o Governo deixou de fora temas que seriam linhas vermelhas, mas pediu atenção ao executivo para a "perda de rendimentos permanente" de pensionistas.
À chegada para uma ação de campanha na Lourinhã, distrito de Lisboa, José Luís Carneiro foi questionado sobre o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), proposta aprovada na sexta-feira pelo Conselho de Ministros, e sobre a disponibilidade do PS para viabilizar o documento do Governo de Luís Montenegro.
"É mais fácil [viabilizar] considerando que o Governo e o primeiro-ministro deixaram de parte, colocaram de lado matérias para nós eram matérias vitais, nomeadamente os direitos laborais, o Serviço Nacional de Saúde, a proteção social e, se quisermos, a política fiscal", afirmou.
No entanto, o líder do PS tinha começado por deixar um alerta sobre a proposta orçamental porque vai trazer "uma perda permanente durante todo o 2026" para os pensionistas com rendimentos mais baixos, ou seja, até aos 520 euros.
"Se extrairmos do valor das pensões o Complemento Solidário para Idosos haverá uma perda que, por exemplo, para as pensões que andam na ordem dos 300 euros, significa menos cinco euros por mês, o que são cerca de menos 70 euros por ano", contabilizou.
Este é um tema para o qual pediu "a maior atenção ao Governo" porque isso representa uma "perda de rendimentos de forma duradoura para os pensionistas".
"O Orçamento merece uma análise e vamos fazer a análise que deve ser feita quando for entregue na Assembleia da República. Todavia, vi com bons olhos o facto de o primeiro-ministro ter reafirmado a sua vontade de deixar de fora do orçamento matérias de natureza fiscal e, por outro lado, matérias de natureza laboral, as matérias que se relacionam com a lei de base do Serviço Nacional de Saúde e, ainda, as matérias que têm a ver com as pensões e com a proteção social", enfatizou.
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